O Coronel Anselmo Brandão, filho de Juazeiro e ex- comandante da Policia Militar da Bahia, fez uma visita de cortesia à redeGN, esta semana, oportunidade em que conversou sobre muitos temas, incluindo a segurança pública no estado, sua experiência no comando da Policia Militar, sobre política, revelando sua disposição de tentar uma vaga na Câmara Federal na eleição proporcional, no ano que vem.
Confira os temas e o que pensa o Coronel Anselmo sobre eles:
A experiência no comando da Política Militar da Bahia:
“Depois de 40 anos na corporação da Polícia Militar da Bahia, Fui comandante geral por mais tempo nos últimos 100 anos, ouvi muitas sugestões de bandeiras em defesa da categoria, bandeiras que defendi em Brasília e na Assembleia legislativa da Bahia. Sei que posso e preciso fazer agora a defesa de algumas dessas bandeiras, na condição de pré-candidato a deputado federal, principalmente na área social, porque não é só as polícias, mas todo sistema de segurança no geral: Polícia militar, polícia civil, bombeiros, polícia penal, guardas municipais, vigilantes, porteiros, forças armadas, ministério público, judiciário, OAB, enfim, categorias que precisam de representação. Se eleito pretendo fazer uma defesa das escolas militares, há muito eu defendo essas escolas e quero levar essa temática para Brasília, buscando recursos do governo federal e ministério da educação”.
Falta de representação na região norte da Bahia:
"Eu sou um defensor que o Vale do São Francisco precisa de uma bancada e eu defendo essa bancada aqui na região Norte, a partir da cidade de Juazeiro, que é a minha cidade, mas chegando a todas as cidades circunvizinhas, que precisam de um suporte maior por parte do governo federal. Quero defender projetos estruturantes na região norte, como temos o Projeto Salitre, parado a um certo tempo, precisandp concretizar outras etapas; em Juazeiro temos necessidade de outras obras estruturantes como saneamento, perenizarão de alguns rios que passam pela cidade , a complementação do acesso a Ponte presidente Dutra, até o entorno da entrada da cidade, já com alguma sinalização, mais precisando da força de uma grande bancada”.
A representação política baiana na defesa da segurança pública:
“A Bahia está carente de uma representação que conheça de segurança na Câmara Federal. Fui comandante geral e participai do Conselho nacional dos comandantes, eu representava o Nordeste e infelizmente, é uma constatação: a Bahia não tem representação nesse setor e lugar de fala no Congresso Nacional. Nós temos na Assembleia Legislativa da Bahia, mas a nível federal nós não temos e é uma necessidade urgente. Nós temos um governo federal sempre concentrando recursos, pra você ter uma ideia foi criado no Ministério da Justiça um fundo, nós temos quase 5 bilhões contingenciados e nós não vemos ninguém falar, buscar esses recursos para alimentar o estado, eu falo porque na condição de comandante geral eu sofri muito e precisamos de um lugar de fala em Brasília, para buscar, principalmente na área estruturante , armamento, viaturas, recursos vultosos que o governo do estado não tem condições de tirar dos seus cofres para investimentos., mas o governo federal tem”.
Mudanças no código penal Brasileiro:
“Nós estamos passando no país por uma situação de impunidade milito forte, pela fragilidade de recursos e políticas de segurança. O código penal, operando desde 1940, precisa de uma mudança muito forte pra gente levar o sentimento de segurança à população. Aquela sensação de que o crime compensa é muito ruim para o país.”
Atuação em defesa das policias:
"Sempre fui um defensor de bons salários. Sempre falava isso ao governador Rui Costa quando estava no comando geral. No primeiro ano de governo nós fizemos um realinhamento dos soldos, mas é necessário repensar nossa lei de remuneração, temos que fazer alguns ajustes nessas leis, principalmente para tirar algumas disparidades impostas, de graduações, de valores, mas isso é um plano que tem que ser feito de maneira estudada, com propostas concretas e objetivas, com viabilidade, porque não adianta propor o que se sabe que o estado não pode arcar. Eu fui gestor e sei como funciona as receitas e despesas do estado, mas dentro daquilo que é possível buscar nós vamos fazer e acredito que chegando na Câmara federal nós teremos um espaço para se envolver nessa discussões da categoria que represento.”
A representação política de Juazeiro e região:
“O sentimento de Juazeiro hoje é o mesmo sentimento de muitos anos atrás e ficamos esse tempo todo com o farol, com o solhos olhando para o outro lado da ponte. Acho que é hora de resgatarmos e o que eu percebo é que Juazeiro precisa de uma política de estado, política de conjunto. Sempre se praticou aqui política de grupos e perdemos muito com isso. A minha proposta é que possamos formar uma grande bancada, a bancada do Vale do São Francisco, que envolve não só Juazeiro, mas outras cidades com representação política, como Paulo Afonso, Campo Formoso, Casa Nova. Juazeiro precisa de uma bancada e tem condições de eleger deputados federais, estaduais e a partir daí a gente juntar todos, ir para Brasília, para o Congresso Nacional , para o Palácio de Ondina, dialogar com nosso governantes para mostrar que o Vale do São Francisco é uma das regiões que mais emprega e precisa de muito de infraestrutura, estradas, pontes, saneamento, pois, lamentavelmente ainda vemos em Juazeiro ruas que não são pavimentadas e com esgoto a céu aberto. Precisamos pensar nas pessoas”, concluiu.
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