Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (29), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, divulgou o balanço do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 e afirmou que o resultado será divulgado em 11 de fevereiro.
A segunda etapa do exame foi realizada neste domingo (28) e teve 70,1% de presença dos inscritos.
Segundo Dupas, os pedidos de reaplicação da prova já estão disponíveis e os gabaritos serão divulgados na quarta-feira (1º). “O resultado do Enem sai dia 11 de fevereiro, os treineiros receberão os resultados 60 dias depois”, disse.
Na data anunciada em fevereiro, os participantes poderão consultar o boletim com as notas individuais em cada prova, nas disciplinas de linguagens, ciências humanas, ciências da natureza, matemática e redação. Já os gabaritos, que serão disponibilizados nesta quarta-feira, permitem que os alunos confiram o número de acertos na prova.
Os estudantes que não compareceram aos locais de prova por problemas logísticos ou por doenças infectocontagiosas, como a Covid-19, pode pedir a reaplicação do Enem 2021 por meio da página do participante no site do Inep.
Números do Enem
Neste domingo (28), segundo dia de aplicação do exame, o transporte dos malotes com as provas foi concluído em todo o país, pelos Correios, em duas horas e 41 minutos.
O Enem impresso foi realizado em 11.074 locais em 1.747 municípios. Nessa modalidade, foram mais de 460 mil pessoas envolvidas na aplicação do exame, entre coordenadores estaduais, municipais, aplicadores, corretores de redação e supervisores.
Já o Enem digital envolveu mais de 17 mil pessoas na realização das provas. O exame nesse formato foi aplicado em 831 locais de prova em 99 municípios.
Este foi o segundo Enem aplicado neste ano, já que as provas de 2020 foram adiadas devido à pandemia e acabaram sendo realizadas em janeiro e fevereiro.
“Interferências”
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, em entrevista coletiva sobre o balanço do Enem 2021, que jamais seria “manipulado”. O comentário foi em resposta às denúncias de interferências nas questões do exame.
“A realização do Enem já foi a resposta, quando os educadores e os especialistas em educação tiveram acesso ao conteúdo dos itens, eles verificaram que ele segue o mesmo padrão, a mesma maneira de ‘Enems’ passados. Simplesmente essa é a reposta, não houve, não acontece. Eu tenho uma história de Educação na minha vida, eu jamais me permitiria ser usado ou manipulado por qualquer coisa fora daquilo que a lei estabelece, dos limites legais”, disse o ministro.
Milton Ribeiro afirmou que se tivesse o poder de interferir nas provas, poderia avaliar algumas questões consideradas “desnecessárias”.
“Se você me perguntasse: se o senhor pudesse interferir, se tivesse o poder de interferir, a gente poderia até analisar algumas questões, que acho desnecessárias ainda, mas não fiz isso, e não pretendo fazer isso, para tranquilidade de todos aqui nessa tarde. Muita gente se preocupou com algo que nem havia acontecido; e se decepcionaram quando perceberam que nada de interferência aconteceu”, acrescentou o ministro.
Ocorrências
O balanço das ações policiais no segundo dia de provas do Enem registrou um número baixo de ocorrências, segundo a Polícia Federal. O alvo foram pessoas acusadas de tráfico de drogas, cárcere privado e estupro de vulnerável, entre outros crimes.
Duas pessoas foram presas pela tentativa de uso de ponto eletrônico em dois locais de prova.
“Na visão da PF teve pouquíssimas intercorrências, tivemos o cumprimento de 31 mandados de prisão, 27 no primeiro fim de semana, quatro no segundo fim de semana; na data de ontem tivemos duas intercorrências em relação a dados eletrônicos”, afirmou o delegado Cléo Mazzotti.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foram registradas duas tentativas de uso de ponto eletrônico, quatro mandados de prisão, sete prisões, além de 72 casos de perturbação do sossego público.
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