Anvisa contraria Saúde e recomenda dose de reforço da mesma vacina

24 de Nov / 2021 às 18h19 | Coronavírus

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a aplicação da dose de reforço com vacinação homóloga, isto é, com os mesmos imunizantes das duas doses iniciais. A orientação foi anunciada nesta quarta-feira (24/11), em reunião da diretoria colegiada do órgão.

A decisão contraria diretrizes do Ministério da Saúde. Segundo a pasta federal, a aplicação da dose de reforço deve ser feita com o imunizante da Pfizer, em todos os casos. Ou seja, mesmo que a pessoa tenha recebido a vacina da AstraZeneca ou da Janssen.

A Anvisa também anunciou a inclusão da indicação da dose de reforço da vacina da Pfizer na bula do imunizante. A terceira dose deve ser administrada para pessoas com 18 anos ou mais, com intervalo mínimo de seis meses após o recebimento da segunda dose.

Pedidos semelhantes foram apresentados à agência pela AstraZeneca e pela Janssen, mas ainda estão em análise.

A agência sanitária recomendou a vacinação heteróloga apenas para quem tomou Coronavac. No caso de quem se imunizou com AstraZeneca ou Janssen, a fórmula da Pfizer pode ser aplicada como reforço se necessário, mas a preferência é pela dose extra com o mesmo imunizante.

“Recomenda-se preferencialmente, vacina heteróloga da tecnologia mRNA aprovada pela Anvisa, para o esquema da vacinação de reforço referente ao esquema primário da vacina Coronavac”, pontuou a diretora Meiruze Sousa Freitas.

“Até que a Anvisa decida os dois protocolos já submetidos à Agência para a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Janssen e da vacina da Astrazeneca/Fiocruz, recomenda-se, preferencialmente, as vacinas conforme o esquema homólogo proposto pelos desenvolvedores para os esquemas da vacinação de reforço referentes ao esquema primário das vacinas da Astrazeneca/Fiocruz e Janssen”, declarou Meiruze em seu voto.

Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou a disponibilização da dose de reforço para os maiores de 18 anos. Na ocasião, a agência afirmou não ter sido consultada previamente pelo governo federal sobre a decisão.

Metrópoles / foto: reprodução

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