Nesta quinta-feira (18), após participar de agenda no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, o governador Rui Costa voltou a falar sobre as cobranças por definição quanto à realização do Carnaval da Bahia no próximo ano. Como já havia reforçado em declarações anteriores, o chefe do executivo lembrou que a atual situação da pandemia de Covid-19 ainda exige cautela.
"Continuamos em torno de 2.500 casos positivos. Países estão fechando cidades quando aparecem cinco casos. Nós temos 2.500 casos ativos e a pergunta que tenho que responder neste momento é se teremos Carnaval, se vamos colocar 3 milhões de pessoas na rua. A gente precisa ter mais amor pelo próximo, atitudes mais solidárias. Há pessoas que, no anseio de realizar ou seu sonho festivo ou seu sonho empresarial, estão esquecendo o drama que a gente viveu por um ano e meio. Eu não colocarei a população em risco", disse o governador.
Na oportunidade, Rui chamou atenção ainda para relatos de que, mesmo em festas de menor porte, já liberadas no estado, não são seguidas à risca as recomendações de segurança sanitária, como o uso obrigatório de máscara e a comprovação de vacinação contra a Covid-19 "O dinheiro não pode estar acima da vida e da saúde das pessoas", complementou.
Segurança
Rui ressaltou que eventos que aconteçam sem liberação prevista no decreto em vigor no estado não terão apoio da Polícia Militar para segurança. “Eu não tomarei medida de liberação de Carnaval ou qualquer outro evento público e estou informando as prefeituras. Quem fizer atividade de rua, desrespeitando o decreto, não terá a participação do estado e da Polícia Militar. Quero avisar a toda a população que não se coloque em risco, porque nós não apoiaremos esse tipo de eventos que não respeitam a vida humana e a saúde do próximo”, disse.
Sobre a pressão para a realização da festam disse: “As pessoas estão numa sede de realizar seu sonho festivo, empresarial, estão esquecendo do drama que a gente viveu um ano e meio. Não colocarei a população e risco. Não vou colocar minha cabeça no travesseiro e ficar eventualmente me lamentando porque seria responsável por dezenas, centenas de mortes, com a realização de um Carnaval”.
O governador disse ainda que vai seguir resistindo às pressões, sejam sociais, econômicas ou políticas.
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