Os novos casos e mortes por Covid-19 duplicaram durante o último mês na União Europeia (UE), impulsionados pelo aumento da transmissão em países da Europa Central e Oriental, onde a vacinação está mais atrasada. Os números coletivos são uma fração dos registrados nos momentos críticos da pandemia, mas já são suficientes para acender o alerta das autoridades às vésperas da chegada do inverno no Hemisfério Norte.
Em 3 de outubro, o bloco europeu registrava em média 50,2 mil diagnósticos diários da doença, com 613 mortes, de acordo com o banco de dados do Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford. No dia 3 de novembro, as infecções por dia já haviam ultrapassado 112 mil. As vidas perdidas em 24 horas, por sua vez, se aproximam de 1,2 mil. Dos dez países com mais casos por 1 milhão de habitantes, sete estão na UE: Estônia, Letônia, Eslovênia, Lituânia, Croácia, Eslováquia e Bélgica. Quatro das cinco nações com mais mortes proporcionais também fazem parte do bloco: Romênia, Bulgária, Letônia e Lituânia.
Junto com os meses de verão, época em que as pessoas naturalmente passam mais tempo ao ar livre, os países do continente, em sua maior parte, removeram quase todas as principais restrições sanitárias, principalmente para os já vacinados. As fronteiras foram novamente abertas para turistas e a vida foi ganhando ares de normalidade. Especialistas, contudo, alertavam há meses para um aumento dos casos com a queda das temperaturas e o aumento da socialização em espaços fechados, principalmente entre os não vacinados.
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