Com espetáculos, atividades de formação e momentos de diálogos, o Sesc Pernambuco dá início ao Palco Giratório. A edição pernambucana do projeto nacional, que é uma das referências nas artes cênicas do Brasil, vai acontecer até o dia 19 de novembro com toda a programação ao vivo, gratuita e online.
"É uma volta importante do festival, já consolidado no calendário cultural, porque foi repensado para garantir a qualidade da experiência das pessoas a partir destes novos formatos e abordagens que se reconfiguraram ante à estética e acesso digital", comenta a analista de Artes Cênicas do Sesc Pernambuco, Ariele Mendes.
Todos os espetáculos serão encenados nos teatros da instituição, como o Marco Camarotti, Cine Teatro Samuel Campelo, Dona Amélia e Geraldo de Barros, mas sem a presença de público, sendo transmitido em tempo real pelo canal do Sesc PE no Youtube.
Serão seis espetáculos, que trazem temáticas e formatos diversos, incluindo palhaçaria, poesia, elementos circenses, dança, monólogo e reflexão sobre a acessibilidade nos palcos e ancestralidade. Além das encenações, o Palco Giratório vai promover intercâmbios culturais, que são rodas de conversas online entre grupos locais e os coletivos artísticos que integraram a mostra nacional do projeto. A ideia desses encontros é discutir temas transversais às peças, somando experiências e visões dos coletivos.
Outro destaque da programação é o Pensamento Giratório, também um encontro para reflexão. Nesta edição, contaremos com a presença do mágico Rapha Santacruz (PE), que já apresentou o espetáculo "Roda" na etapa nacional, e do artista Fabiano de Freitas (RJ), que encena "Circo a céu aberto". Juntos, vão falar sobre a produção dos dois grupos, a linguagem circense e a experiência da atuação em espaços públicos.
Formações
Artistas iniciantes, profissionais e pessoas interessadas na linguagem vão poder participar gratuitamente das ações formativas do Palco Giratório. Com inscrição gratuita pelo cursos.sescpe.com.br e vagas limitadas, as atividades também vão acontecer em formato digital.
Serão quatro oficinas, começando pela "A vivência Malunga", com Orun Santana, que está acontecendo até o dia 05/11. Em seguida, vêm "O ator colaborativo", com o grupo Bagaceira, dias 6/11 e 7/11; "Vivências do corpo", com Raquel Scotti Hirson (LUME Teatro – SP), dias 8/11 e 9/11; "Poéticas contemporâneas no teatro de sombras", com Soledad Garcia e Thiago Bresani (Cia Luminato), nos dias 18/11 e 19/11.
Programação – Palco Giratório
05/11, às 19h - "Cavalo", da Qualquer Um dos 2 Companhia de Dança (Petrolina)
Cavalo é um estado transitório. Lugar de tensão e estranhamento. Um espaço de colisão, onde os corpos masculinos se revelam contraditórios. Esses estão à procura de outros modos de ser/estar no mundo movidos pelo desejo de um devir-animal.
06/11, às 16h - Decripolou Totepou – De Crianças, Poetas e Loucos, Todos Temos um Pouco, do coletivo No Meu Terreiro Tem Arte
Além da arte da palhaçaria, o espetáculo utiliza poesias, malabares e mágicas para contar a história de Bandeira, uma brincante que anda pelo mundo contando causos. Em mais uma de suas paradas, ela encontra-se com uma terrível dor de boneca que a impede de realizar sua "função".
11/11, às 19h - Ainda escrevo para elas - Coletivo Memória em chamas – Natali Assunção
Partindo de 11 relatos de mulheres de realidades sócio econômica culturais diferentes, o monólogo nos convida a um mergulho em narrativas sobre liberdade e aprisionamento no cotidiano das mulheres. Ele propõe um diálogo entre o documentário e a ficção por meio de impressões a partir das palavras do escritor moçambicano Mia Couto.
12/11, às 19h - Arreia - Iara Campos e Íris Campos
É uma criação de dança que estreou em formato online e traz à cena o imaginário das representações que compõem o Caboclinho a partir do corpo brincador do Caboclinho 7 Flexas do Recife. O enredo constrói relação entre o universo dos sonhos e a criação da Agremiação, construindo uma narrativa que honra a ancestralidade indígena e a resistência dos povos originários.
13/11, às 16h - Slam das Mãos - Slam das Mãos
É o Sarau em Libras com movimentos e poesias expressas em língua de sinais. Desde 2018 é composto por artistas, surdos e ouvintes, que utilizam a Língua Brasileira de Sinais para expressar arte através da poesia. O objetivo é mostrar que a arte da poesia em Libras é multiforme e estimular os diversos artistas da comunidade surda a desenvolver sua representatividade social e cultural.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.