A maior expedição científica do Brasil prossegue até o dia 10 de novembro no Rio São Francisco, um dos mais importantes do país, que nasce em Minas Gerais e passa por 507 municípios em seis estados até a foz, em Piaçabuçu-AL.
Será a 4ª edição do evento, que neste ano terá como tema "Consolidando a Ciência em ações ambientais no Baixo São Francisco". O programa terá a participação de 66 pesquisadores, distribuídos em dois barcos laboratórios, cinco lanchas e um catamarã de apoio.
A expedição visa comparar com os resultados das expedições anteriores, que apontaram graves problemas ambientais como comprometimento nos ecossistemas aquáticos, terrestres e de populações humanas. O ponto de partida será o município ribeirinho alagoano de Piranhas.
A edição de 2021 contará com 66 pesquisadores em dois barcos laboratórios, cinco lanchas, catamarã de apoio e de uma produtora premiada internacionalmente, a Vera e Yuri Sanada, que gravará um documentári chamado Aventuras Produções. Um avião não tripulável fará o mapeamento de toda a região do Baixo São Francisco, contemplada com pesquisas em 35 áreas. O trajeto aquático e terrestre, alvos de pesquisa e de intervenções junto às comunidades ribeirinhas, contempla ainda as cidades de Pão de Açúcar, Traipu, São Brás, Igreja Nova, Penedo e Piaçabuçu, em Alagoas, Propriá e Brejo Grande, em Sergipe.
A interação dos pesquisadores com comunidades escolares ribeirinhas é um dos pontos altos da expedição. "Este ano teremos a instalação de cinco modelos demonstrativos de fossas sépticas biodigestoras com reuso de água para plantios, além de doação de equipamentos com projetor multimídia (datashow), notebooks e caixas de som para escolas e de 400 kits de material escolar", antecipa o coordenador. Soares também revela, que estão na programação da edição 2021 a doação de mini tratores a associações rurais, realização de exames de pele e 450 testes RT-PCR, de Covid 19, nas comunidades. Uma ação bucal, a exemplo da edição de 2020, será feita junto aos estudantes das escolas ribeirinhas.
"A expedição científica proporciona ações sociais de inclusão da população ribeirinha e do pescador além da valorização da política agroecológica, educação ambiental, rico e amplo material científico, atraindo os olhares do poder público para a região do Baixo São Francisco", acrescenta o coordenador, com esperanças de que assim reverta o empobrecimento de espécies e da biodiversidade.
Estes trabalhos são realizados pelas seguintes entidades: Universidade Federal de Alagoas- UFAL, Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco – CBHSF, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas- FAPEAL, EMBRAPA- Tabuleiros Costeiros, CODEVASF- 5SR, Universidade Federal de Sergipe – UFS, EMATER-AL, Universidade Federal da Paraíba- UFPB, Universidade Federal de Rondônia- UNIR, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas - SEMARH-AL, Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE, Instituto de Pesquisa Renato Archer, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação-MCTI, Marinha do Brasil e Instituto Federal do Ceará – IFCE, Pedreira Triunfo, Agência Peixe Vivo e FUNDEPES.
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