O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7), que Pernambuco só poderá ter condições epidemiológicas para flexibilizar a obrigatoriedade do uso de máscaras quando a vacinação completa atingir a marca de 80% da população elegível, aqueles com mais de 12 anos - o Estado irá alcançar o índice de 50% nesta quinta segundo cálculos do governo.
“Só poderemos pensar em abdicar de algum tipo de cuidado quando atingirmos ao menos 80% da população totalmente vacinada. Antes, qualquer medida nesse sentido significa correr riscos desnecessários. Nosso compromisso é primeiro com a vida. Por isso, vamos seguir trabalhando com as recomendações científicas”, disse Longo.
Nos últimos dias, o tema entrou em voga no debate público. Duque de Caxias (RJ) anunciou, esta semana, a suspensão da obrigatoriedade do uso do equipamento e se tornou a primeira cidade do país a tomar essa decisão.
Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro planejam realizar grandes eventos nos próximos meses, como o Carnaval, também sem o uso das máscaras.
Representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca classificou o debate da flexibilização das máscaras como “extremamente precoce e inadequado”.
“Não temos uma situação epidemiológica persistente que indique sequer a discussão da retirada da máscara. Esse é um debate que não vai caminhar bem. Estamos no caminho certo, é longo, mas está sendo trilhado da melhor forma possível”, pontuou.
André Longo reforçou que existem 3,8 milhões no Estado com mais de 12 anos completamente vacinados, mas outros 3,8 milhões com apenas uma dose.
“Todo mundo acima dos 18 anos deverá atingir o prazo para tomar a sua segunda dose em outubro. Em novembro, deveremos estar em condições de vacinar também todos os jovens e podemos atingir o patamar de 80% a 90% da população vacinada”, disse o secretário, lembrando que somente com esses números o Estado poderá “dar mais passos na flexibilização das atividades”.
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