Uma nova medida determinada pelo Governo de Pernambuco que passa a exigir comprovante de vacinação ou um teste negativo para Covid-19 para cultos com a presença de mais de 300 pessoas, começou a valer a partir desta segunda-feira (27). A portaria, que foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado e é assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB), entretanto, não foi bem digerida pelos vereadores da Bancada Evangélica da Câmara de Vereadores de Petrolina.
Segundo o texto, 90% das vagas são para as pessoas que estão com a vacinação completa, ou seja, com a segunda dose da vacina ou com uma dose, no caso de vacina de dose única. Os outros 10% dos lugares são destinados ao público que tenha a confirmação da primeira dose e o exame RT-PCR feito 48 horas antes ou o antígeno realizado 24 horas antes da celebração.
Na sessão desta terça-feira (28) da Câmara de Petrolina, os vereadores debateram a medida. Diogo Hoffmann (PSC) apresentou um requerimento verbal destinado ao presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Eriberto Medeiros (PP), solicitando que os parlamentares sustpendam o decreto do governador, por ser “arbitrário e absurdo”.
“A intolerância desse governador com os cristãos e as igrejas evangélicas está demonstrada desde os decretos arbitrários de lockdown, que abriam concessionárias de veículos e mandavam fechar as igrejas, sem nenhum critério científico ou estudo que justificasse a adoção dessas medidas restritivas”, disse Hoffmann, que resaltou acreditar que a decisão está sendo vista como uma questão política, tendo em vista a proximidade das eleições do ano que vem, diante das articulações feitas pela oposição no Estado.
Já Ruy Wanderley (PSC) disse que irá apresentar, na sessão da quinta-feira (30), uma moção de repúdio contra o governador. Para ele, a medida representa “uma ditadura sanitária” e uma “perseguição” aos cristãos e evangélicos.
“Quem deve proteger os vacinados é a vacina, e não o passaporte sanitário. Quantas e quantas pessoas estão morrendo, e que tomaram a segunda dose? Enquanto vereador, não posso permitir esse absurdo”, declarou Ruy, que sustentou ainda que a medida é inconstitucional.
O líder da bancada, Josinaldo Barros (PSC) acredita que o povo evangélico está sendo perseguido por ter votado no presidente Jair Bolsonaro em 2018. Ele também considerou “irresponsável” a conduta de Paulo Câmara. “Hoje temos os shoppings, os estádios com torcidas voltando, os bares, e ninguém fiscaliza nada”, completou.
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