Após 14 dias da morte do Policial Militar da Bahia, Joanilson da Silva Amorim, familiares e amigos do soldado realizaram na manhã desta segunda-feira (27) um protesto em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A manifestação ocorreu em frente a sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no Centro da cidade. Eles pediam justiça para o assassinato do militar.
Um dos familiares de Joanilson, que não quis se identificar, explicou que o protesto cobra mais clareza nas investigações. “Ele foi alvejado pela Polícia Civil, por isso a gente quer que o Ministério Público faça parte da investigação para que haja mais clareza, porque foram muitos erros e várias circunstâncias que levaram a essa fatalidade".
"Nós chamamos de fatalidade, mas a gente sabe que foi imperícia, imprudência e negligência. Então, a gente quer que o Ministério Público entre nas investigações para que não haja mais erros”, declarou.
Integrantes da Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), também estiveram presentes na manifestação, onde apresentaram um documento encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco, cobrando providências e solicitando a participação no caso.
“A associação cobra nada mais que uma apuração imparcial. A gente sabe que o Ministério Público como fiscal da lei, ele tem dever de atuar também em investigações criminais. O que a gente quer é que seja feita a justiça”, disse o diretor regional da Aspra, Diego Mendes.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que segue com as diligências e que só vai se pronunciar após conclusão do inquérito. O Ministério Público de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre o caso.
Entenda o caso:
Joanilson da Silva Amorim estava de folga, na casa dele que fica no bairro Jardim São Paulo em Petrolina, quando vizinhos o chamaram a para ajudar a prender suspeitos de um assalto. Ao sair de casa, policiais civis de Pernambuco teriam confundido Joanilson com um dos criminosos. Ele foi baleado na cabeça, no braço e na perna. O PM chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Universitário de Petrolina, mas não resistiu e veio à óbito.
O soldado foi enterrado no dia 14 de setembro no Cemitério Campo da Esperança em Petrolina. Familiares, amigos e policiais militares e civis se despedir do policial militar.
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