Artigo - 11 de setembro: A triste memória das Torres Gêmeas

19 de Sep / 2021 às 23h00 | Espaço do Leitor

(As Torres Gêmeas de Nova YorK)

Essas são imagens fortes e que tristemente entraram para a história a partir do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, às Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York, derrubadas por dois aviões sequestrados, com passageiros.

No mesmo instante dois outros aviões, também sequestrados, praticavam atentados simultâneos, sendo um concretizado contra a Sede do Departamento de Defesa dos EUA, no Pentágono, em Washington, e outra tentativa frustrada com a queda do avião no Estado da Pensilvânia, cuja hipótese é que a tripulação e passageiros tenham entrado em luta corporal com os sequestradores. Resulta que cada situação foi mais dramática do que a outra do ponto de vista humano, dado o grau da maldade que já não é mais nenhuma novidade nos dias atuais.

A tragédia tem uma dimensão que entrará para a história, não tanto pelo número de 3.278 mortos, mas pela natureza da agressividade e impacto humano causado, ao derrubar duas Torres de 110 andares cada uma, em pleno centro comercial de Nova York, além do desafio de encarar de frente e no seu próprio território, uma potência política, militar e econômica como os Estados Unidos da América!

Muitos até desconhecem que os milhares de soldados agora retirados do Afeganistão pelo atual Presidente Joe Biden, foram para lá deslocados pelo Governo de George W. Bush, que decretou a ação militar denominada de “Guerra ao Terror”, em represália aos atos terroristas da Al-Qaeda, comandada por Osama Bin Laden e acobertados pelo governo do Afeganistão, cuja guerra se estendeu ao Iraque. Esse líder veio a ser caçado e morto em 02 de maio de 2011, no Paquistão, já no Governo de Barack Obama. 

A América poderá se arrepender de ter retirado as suas tropas do centro do terrorismo internacional comandado pelo grupo Talibãs, exatamente os mentores do audacioso ataque às Torres, e ter abandonado à própria sorte milhões de famílias e suas crianças, sob a sanha da violência descontrolada do terror. A atrocidade como estão sendo tratadas as mulheres pelos atuais governantes, as quais estão apanhando a chicotadas pelas ruas por qualquer árabe radical vinculado ao grupo, transcende a tudo de grotesco e repugnante que se possa imaginar contra a pessoa humana! Mas essa é a realidade que poucos sabem e muitos nem querem saber, por viver no bem bom de sua propria paz.

A realidade inegável é que esse universo se encontra vinculado às lutas entre as milhares de etnias desde os tempos bíblicos narrados pelo Velho Testamento, o que significa dizer, também, milhares de anos, sem qualquer ligação com o nosso Calendário.

Essa batalha familiar, e entre tribos árabes e israelenses tem um passado longo e um futuro impensável de muitos séculos mais, mesmo porque envolve conflitos de raízes profundas, culturais e étnicas. Ao lado de tudo isso, outros povos ocidentais e orientais – leia-se EUA, China, Rússia e Japão – estão de olhos abertos e com interesses políticos e econômicos, os quais podem ser geradores de disputas  indesejáveis e de consequências para o resto do mundo.

Dividir a responsabilidade do desfecho atual ocorrido no Afeganistão entre os quatro Presidentes Bush, Obama, Trump e agora o Biden, não minimiza o desprezo das “cenas de saídas apressadas de Cabul e a tomada do país pelo Talibã, que se mostraram profundamente humilhantes para uma superpotência global que gastou bilhões de dólares e perdeu milhares de vidas em seus esforços”.

Imaginar que os EUA mantiveram as suas forças durante 20 anos no Afeganistão e, após a sua retirada, apenas assistir aos terroristas Talibãs - que armaram a tragédia de Nova York -, assumirem o poder do País, de graça, é algo que os historiadores terão grande dificuldade em explicar para as futuras gerações. Se é que realmente existe alguma explicação, assim como, logicamente, não existe para aquele 11 de Setembro horrendo, trágico e macabro para o mundo todo!

Autor:  Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.

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