Para o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), não há como fugir da polarização nas próximas eleições presidenciais. “Só tem lado A e lado B, a terceira via morreu no dia 12 de setembro”, comentou, se referindo à manifestação convocada pelo MBL para defender a terceira via.
De acordo com o deputado, esse cenário afetará diretamente as eleições estaduais, portanto os pré-candidatos ao governo estadual precisam escolher seus lados para garantir seu lugar em um possível segundo turno. As declarações foram dadas em entrevista com a Rádio Clube.
“É preciso lembrar o que ocorreu nas eleições com Mendonça Filho e Armando Monteiro”, explicou o parlamentar.
Segundo Feitosa, os então candidatos perderam suas respectivas eleições por acenarem para lideranças políticas fora de seus “lados”. O deputado comentou que o pré-candidato da oposição e prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), está cometendo o mesmo erro ao se aproximar do PDT e por não ter acompanhado a visita de Bolsonaro em Pernambuco, no início de setembro.
“Miguel errou por não ter acompanhado a visita do presidente, e também ao flertar com um partido de centro esquerda, a população não vai entender. Na minha visão, Miguel Coelho fazer esse aceno é um erro”, assinalou. “Paulo [Câmara] vai ter o apoio de toda a esquerda, no outro campo só existe uma liderança”, explicou o parlamentar.
Apesar de considerar errado esse passo de Miguel, o deputado está confiante que a oposição terá força nessa próxima eleição. Entre os nomes cotados, ele citou os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes e Caruaru, Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB), respectivamente, o Coronel Meira (PTB), a deputada Clarissa Tércio (PSC) e o ministro do turismo, Gilson Machado, este último o deputado afirmou que considera o nome mais forte da direita.
“A gente tem aí seis nomes no campo da oposição em condições, unidos ou separados, de levar a oposição ao segundo turno”, comentou. Para Alberto Feitosa, a esquerda pernambucana enfrenta dificuldades para apresentar um nome, enquanto a centro-direita e a direita já contam com seis quadros cotados para concorrer. “Se unir o PT com o PSB o campo da oposição pode ter até duas candidaturas. Eu aposto em duas, uma centro-direita e uma à direita, e eu aposto em Gilson Machado. Eu senti Gilson disposto e viável para se candidatar”, cravou.
Alberto também comentou sobre as movimentações nacionais, e revelou acreditar que o candidato da esquerda, Lula (PT), não concorrerá pela presidência. “Eu acho que ele não será candidato por causa da idade e da saúde, Lula já tem menos vigor do que já tinha”, comentou. Para Feitosa, Lula talvez não tenha as condições necessárias para percorrer o Brasil e, se o petista se candidatar e perder, seria um erro para a esquerda da América Latina. “O melhor candidato para Bolsonaro enfrentar é Lula, Lula não tem condições de ser candidato”, concluiu o parlamentar.
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