Indígenas venezuelanos pedem ajuda nas ruas de Juazeiro e Petrolina

07 de Sep / 2021 às 07h00 | Variadas

Indígenas venezuelanos têm chamado a atenção da população de Juazeiro e Petrolina. Trata-se de indios nos semáforos das ruas e avenidas centrais do municipios pedindo ajuda.  Sem abrigos e acolhimentos indígenas da etnia Warao que migraram da Venezuela enfrentam uma série de dificuldades e invadem praças e semáforos das avenidas de Juazeiro e Petrolina em busca de ajuda financeira.

Nesta segunda-feira (06), a reportagem da REDEGN conversou e fotografou, Inácio, da etnia Warao, que estava com um cartaz pedindo ajuda. De acordo com ele, a condição de vida é difícil, com três filhos para alimentar.

"Estávamos em Teresina, Piauí. Viemos para Juazeiro e Petrolina. Estamos no Brasil em função da crise política e econômica que nosso país de origem enfrenta", declarou Inácio.

Inácio explicou a dificuldades com relação à alimentação, que segundo eles estava insuficiente, levando-os a pedirem ajuda financeira nas ruas. Na Venezuela uma parcela da população entre indígenas e não indígenas migraram para sobreviver em outros países, incluindo o Brasil.

Os Warao são um grupo étnico habitante, em sua maioria, do Delta do rio Orinoco, na República Bolivariana da Venezuela. Conforme censo do Instituto Nacional de Estadística da Venezuela, havia 48.771 Warao no país, 6,73% de sua população indígena total.

Desde 2019, a Campanha da Fraternidade, coordenado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), chamou a atenção para a "invisibilidade dessa população que é enorme e existe uma comunicação negativa que faz com que sofram muitos preconceitos e a necessidade de garantir o acesso às políticas de proteção social”.

NOTA PREFEITURA JUAZEIRO: 

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES), informa que já realizou a abordagem e escuta especializada das pessoas citadas na matéria e verificou que elas estão hospedadas em Petrolina e recusaram apoio da Secretaria.

A SEDES reforça que o atendimento às pessoas em situação de rua precisa ser consentido.

 

 

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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