O aumento no preço do gás de cozinha fez com que pequenos empresários buscassem alternativas para reduzir o consumo. Em setembro do ano passado, um botijão custava, em média, na Bahia, R$ 68. Atualmente o valor pode chegar a ser vendido entre 95 a R$ 105.
Para preparar o abará, uma das principais comidas típicas da Bahia, o chef Emanuel Possaite não consegue abrir mão do cuscuzeiro industrial, mas descobriu que envolvendo a palha no papel manteiga, diminui o consumo do gás.
"Uma economia de 30 minutos mais ou menos. Hoje é um custo bem elevado na nossa área", disse Emanuel Possaite.
O pequeno empresário, que gasta cerca de oito botijões de gás por mês, viu o valor aumentar de R$ 76 para R$ 82 por botijão. Para não aumentar o preço do abará, ele teve que demitir metade dos funcionários.
Nste ano, a Petrobras fez seis reajustes no preço do botijão do gás e as revendedoras mais dois. Para os consumidores, os aumentos significa atualmente 10% de um salário mínimo.
"Vamos falar de famílias que ganham um salário mínimo. Um gás de cozinha tem um impacto muito grande no orçamento mensal. O gás de cozinha e a energia elétrica são os dois elementos", disse o economista Edísio Freire.
As cinco distribuidoras da Bahia deram o primeiro aumento entre janeiro e março, com aumentos que variaram entre R$ 1,78 e R$ 1,82. O que vale desde sexta-feira (3), varia entre R$ 6 e R$ 7.
"Existem revendas que já foram fechadas, o volume de vendas de procura pelo produto tem caído absurdamente e isso ocasiona perda de preço", disse o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (SINREVGAS), Robério Souza.
Os meses de maio e agosto foram os únicos deste ano que não tiveram reajuste no valor do botijão de gás.
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