Com a filiação já com data marcada no DEM e uma pré-candidatura ao governo do estado se consolidando a passos largos, o prefeito de Petrolina-PE, Miguel Coelho, foi a bola de vez, nesta quinta-feira (25), na pauta dos principais veículos de comunicação do estado.
O JC Online estampou: “Ida de Miguel Coelho para o DEM pode ajudar a atrair o PDT para o palanque da oposição em 2022 em Pernambuco”, enfatizando que um encontro de Miguel com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e com o presidente estadual da legenda, Wolney Queiroz, na quarta-feira (25), em Brasília, foi um bom início de conversa.
Os pedetistas querem indicar o vice ou o candidato ao Senado na chapa de Miguel Coelho e acreditam numa neutralidade do prefeito de Petrolina em relação a Bolsonaro, possibilitando espaços para o PDT trabalhar o nome de Ciro Gomes em Pernambuco.
Já o jornal Folha de Pernambuco destacou que “Miguel Coelho diz que não haverá "dupla candidatura federal" do grupo dos Coelho”.
Na matéria o jornal destaca a dificuldade que o grupo familiar terá para garantir todos os mandatos atuais na próxima eleição, já que a vaga do senado, que seria naturalmente pleiteada pera a reeleição de Fernando Bezerra, é cobiçada por possíveis aliados no apoio a Miguel ao governo. Com Fernando Filho concorrendo para releieção a federal; Antonio Coelho a estadual e Fernando, o pai, a senador, sobraria pouco espaço para negociações com outras lideranças do estado, o que sugere o sacrifício da eleição de Fernando Bezerra para o senado.
Na entrevista Miguel afirmou que o pai não concorreria a Deputado Federal, concorrendo com Fernando Filho e deu indicativos de que o pai poderia, se necessário, sacrificar o mandato para agregar aliados na disputa pelo governo de Pernambuco: “Ele (Fernando Bezerra Coelho) já disse e eu posso também dizer que não haverá dupla candidatura federal no nosso grupo. Até porque para construir um projeto de união, de coletivo, você não pode querer preservar só os seus, tem que agregar com novas pessoas que possam somar conosco", disse.
Em outra matéria o JC destaca que o anúncio da filiação de Miguel Coelho ao DEM imprimiu uma acentuada antecipação das articulações políticas nos partidos de oposição à Frente Popular no estado.
A filiação de Miguel ao DEM está prevista para acontecer somente em meados de setembro, mas a notícia correu os quatro cantos do estado, com fortes repercussões na capital e na base de Miguel, em Petrolina.
A formação do palanque presidencial em Pernambuco é a grande icognita, já que para formar uma frente ampla e com chances de vitória, vai ser necessário muita habilidade e priorização do pleito local em detrimento de outros interesses nacionais.
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