O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) durante coletiva de imprensa que o reforço da vacinação com a aplicação da terceira dose das vacinas contra a Covid-19 deverá acontecer, inicialemente, em idosos e profissionais da saúde.
Queiroga, no entanto, não informou quando a aplicação da dose de reforço começará no Brasil e disse que são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a aplicação. A presença da variante Delta do país também reforça a necessidade do reforço vacinal, segundo o ministro.
“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes. Mas para isso, nós precisamos de dados científicos. Não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, disse o ministro.
O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira (18) que todos os estados passarão a receber doses das vacinas contra Covid-19 de maneira equilibrada e pediu para que os entes sigam as orientações do Plano Nacional de Imunização (PNI) e o Plano Nacional de Operalização (PNO), que coordena a distruibuição das doses.
O secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, afirmou que a lógica do PNO segue a definição de grupos prioritários e não da quantidade da população de cada estado.
Na última sexta-feira (13), o estado de São Paulo ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o que classificou como redução de distribuição de doses de vacina da Pfizer. Na última semana, SP e o Ministério da Saúde divergiram sobre a entrega dos imunizantes.
O estado já havia enviado um ofício à Brasília solicitando a correção do problema. Na ocasião, com a possibilidade de um processo por parte de SP, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “judicialização é direito de todos”, mas não entende ser o melhor caminho.
Na coletiva desta quarta, o ministro voltou a falar sobre a judicialização. Segundo ele o acordo de distribuição de doses foi firmado e “nos surpreende sempre que algum ente vai atrás do poder judiciário. Claro, todos têm o direito”.
Durante a coletiva, Queiroga afirmou que, ao acionar a Justiça, São Paulo criou "um calor de maneira dessrrazoada". "No Ministério da Saúde, fazemos politica de saúde, não fazemos política na saúde", disse.
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