O senador pernambucano, de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, mesmo sendo reconhecido como uma importante liderança no Sertão, vem conseguindo uma proeza: conquistar a desconfiança em todos os palanques que estão sendo articulados para as eleições de 2022, em Pernambuco.
Líder de Bolsonaro no Senado, vê seu partido, o MDB, caminhando em direção à Lula, o que pode complicar suas possibilidades de renovação de mandato no ano que vem. Com apenas uma vaga na disputa para o Senado, as chances reais na eleição para o senado viriam, avaliam articulistas, com uma adesão à frente popular e o retorno ao palanque de Lula.
Posições recentes, como o discurso que fez na CPI do Senado, semana passada, criticando o desfile de tanques por Brasília e o voto do deputado federal Fernando, o filho, contrário ao voto impresso, pautas caras ao presidente Jair Bolsonaro, suscitaram nos bastidores políticos buchichos de que já estaria ensaiando um pulo de volta à Frente Popular, atraindo a desconfiança das bases bolsonaristas em Pernambuco.
Declarações desta semana sugerem que ele ainda aposta numa virada de mesa dentro do MDB, mas suas chances de sucesso, na avaliação de um analista consultado pela redeGN, são mínimas, quase nulas, já que o MDB descarta qualquer possibilidade de apoio a Bolsonaro.
Sem palanque definido, o outro filho, Miguel Coelho, prefeito de Petrolina, vê seus sonhos de ascender ao topo do executivo estadual, cada vez mais distante, já que lideranças estaduais do MDB, onde está filiado, publicamente já lhe negam vaga para concorrer pela legenda.
Juntar todos no DEM, onde Fernando Filho já está, é uma possibilidade especulada nas rodas políticas, mas também há uma certeza: não há espaço para dois na chapa majoritária. Ou sobra Miguel, ou sobra Fernando, o pai.
Outra certeza: o pragmatismo já demonstrado pelo grupo não aponta caminho seguro para uma aposta.
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