Um aumento expressivo no número de casos de dengue, zika e chikungunya foi registrado nos primeiros sete meses de 2021 em Pernambuco. Transmitidas pela fêmea adulta do mosquito Aedes aegypti, essas arboviroses estão mais presentes no Estado.
Até o último dia 30 de julho, foram confirmados 9.378 casos para chikungunya, 6.926 para dengue e 10 para o zika. Em relação ao mesmo período do ano anterior, as confirmações chikungunya tiveram um aumento de 469% nos casos envolvendo chikungunya (1.648 casos confirmados em 2020), enquanto houve uma queda de 15,2% para dengue (8.174 casos) e de 28,6% para zika (14 casos).
No último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), correspondente a semana epidemiológica (SE) 30, há ainda o registro de 31 casos que evoluíram para o óbito suspeitos para as arboviroses, sendo 1 confirmado para dengue e dois já descartado, enquanto os demais seguem em investigação pelos municípios.
Embora mais recorrentes em períodos chuvosos, as arboviroses merecem atenção durante todo o ano. Pernambuco tem um clima bastante favorável à proliferação desse vetor. “As chuvas constantes e temperaturas elevadas tornam-se os fatores perfeitos para reprodução do Aedes aegypti e essa combinação se intensifica no verão. A principal forma de prevenção contra os arbovírus é não deixar o Aedes aegypti nascer. Para isso, é preciso a adoção de medidas para evitar a proliferação do mosquito, manter caixa d'água, baldes e demais recipientes para armazenamento de água bem vedados, e sempre vistoriá-los", frisa Claudenice.
A população também precisa estar atenta aos sintomas específicos das arboviroses, mas que em sua fase inicial podem ser confundidos com a sintomatologia da Covid-19. “As doenças relacionadas às arboviroses e o novo coronavírus apresentam, em muitos casos, o quadro comum de febre, dor de cabeça e dores no corpo. O que difere à primeira vista é a presença de manchas e coceiras na pele, o que não ocorre com a Covid-19. Para Covid-19, destacamos a tosse e o desconforto respiratório progressivo”, pontua Claudenice Pontes.
"A dengue também chama atenção pela possibilidade de evoluir rapidamente ao óbito, no entanto é possível identificar sinais de agravamento da doença. Após a fase febril, podem aparecer sinais de dores abdominais intensa, vômitos persistentes e pele pegajosa e fria. Esses sintomas precisam ser valorizados e o paciente levado para unidade de saúde. Não existe tratamento específico para as infecções ocasionadas pelas arboviroses. A orientação que podemos dar é que surgindo qualquer sintoma, a pessoa procure uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, pois é lá que, após análise da sintomatologia, os profissionais vão indicar a conduta adequada. Além disso, o paciente deve manter repouso e ingerir bastante líquido durante os dias de manifestação desses sinais”, reforça a gerente.
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