O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (10), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que buscava instituir uma modalidade de voto impresso no Brasil.
Foram 229 votos a favor, 218 votos contrários e uma abstenção. Para obter êxito a PEC precisava de 308 votos favoráveis, mas ficou distante, em função da estratégia adotada por muitos, de se ausentar, e de outros aliados que assumiram o voto não, contrariando os interesses do governo.
A PEC do voto impresso, defendida por Jair Bolsonaro, já havia sido derrotada por 23 votos a 11 na comissão especial, foi a plenário por decisão do Presidente da Câmara Arthur Lira, mas foi mais uma vez derrotada.
Nem bem terminou a votação, nas redes sociais, grupos bolsonaristas passaram a exibir lista dos considerados “traíras” e não foi preciso muito esforço para entender que o apoio no Congresso é frágil, já que boa parte de deputados considerados aliados, votou não à proposta e expôs a derrota do presidente num dia muito tumultuado do ponto de vista político.
Para ilustrar bem a fragilidade na sustentação do governo na Câmara, basta ver o voto do deputado petrolinense Fernando Coelho, filho do líder do governo Bolsonaro no Senado, que integra a lista dos parlamentares que ajudaram a enterrar a proposta do voto impresso.
O outro deputado federal representante de petrolina na Câmara, Gonzaga Patriota (PSB), se absteve e não teve voto registrado.
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