A prática do skate no Brasil já foi considerada transgressora, perseguida por políticos conservadores. O tempo girou e agora é o esporte campeão de medalhas nas Olimpíadas.
De origem californiana, a prática do skate chegou ao Brasil no final da década de 1960 e se popularizou na segunda metade da década seguinte, relata o historiador Leonardo Brandão, professor da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
O skate está fazendo história nas olimpíadas. Pela primeira vez o esporte participou de uma olimpíada, e em duas modalidades: park e street. Para pesquisadores, "skate humaniza a Olimpíada." No street, o Brasil se encantou com a participação de Rayssa Leal, a “fadinha do skate”, que conquistou a medalha de prata na modalidade mesmo com apenas 13 anos de idade.
Também no skate park uma jovem atleta chamando a atenção: a britânica Sky Brown. Na disputa masculina do park, o país faturou a medalha de prata com Pedro Barros.
A skatista brasileira Leticia Bufoni é uma das maiores esportistas do mundo na modalidade.
A reportagem da REDEGN esteve conversando com jovens skatistas. Eles constumam realizar manobras na orla de Juazeiro, Bahia. O skate é considerado mais como uma espécie de uso da liberdade. Está mais perto do campo artístico, da criação, do que da competição, disciplina física e espaço instituído do esporte.
Lucas tem 17 anos. "Eu sempre via a galera andando de skate e tinha vontade. Ai fui conhecendo a turma e montei meu primeito skate e estou andando até hoje", revela.
Os atletas buscam se organizar nos grupos Skate Jua e Petro e no Canelas Raladas. "No espaço da orla seria bom uma cobertura na pista e bebedouro e grades. Uma reforma já se faz necessária pois já apareceu buracos a pista", alerta Lucas.
As competições de skate foram paralisadas desde o início da pandemia.
"Os skatistas não se preocupam com a etiqueta social, nem com o sistema que tentam lhes impor. Criam uma anarquia urbana e circulam sem nenhum tipo de autoritarismo. São os filhos do futuro"! A frase é de autoria de Paulo Anshowinhas.
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