Mais de 400 mil baianos não compareceram aos postos de vacinação para receber a segunda dose contra a Covid-19 dentro do prazo, comprometendo a imunização. Mesmo disponíveis, 319 mil doses da marca AstraZeneca e 86 mil da Coronavac continuam aguardando que as pessoas que já receberam a primeira dose retornem aos locais de vacinação.
Quem explica a importância da segunda dose é a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Vânia Vanden Broucke. “É fundamental que as pessoas recebam a segunda dose no prazo por causa da eficácia. A resposta da imunização é melhor quando a gente tem a conclusão do esquema vacinal”.
A coordenadora chama a atenção para os prazos. “As pessoas devem retornar aos postos de vacinação de acordo com os aprazamentos de cada uma das vacinas. Se a pessoa tomou a vacina Coronavac do Butantan, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 28 dias. Em relação às vacinas AstraZeneca e Pfizer, o intervalo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 84 dias, ou seja, 12 semanas”, afirma a coordenadora. Ela enfatiza que a eficácia é maior com a segunda dose. “O tempo entre as doses é recomendado pelo Programa Nacional de Imunização. Somente assim a pessoa vai poder obter uma melhor resposta imune e aumentar a sua proteção contra a doença”.
A Secretaria da Saúde do Estado reforça a convocação e informa que as doses podem ser aplicadas inclusive em municípios diferentes daqueles onde a primeira foi aplicada. “Se a pessoa se mudou, está em tratamento ou trabalhando em outra cidade, ela não vai precisar retornar ao município onde tomou a primeira dose para receber a segunda. Embora o ideal seja que cada pessoa receba a segunda dose no mesmo município onde foi ministrada a primeira, havendo uma justificativa, a segunda dose pode e deve ser feita em qualquer um dos municípios. A gente reforçou isso com as prefeituras”, afirma Vanden Broucke.
A coordenadora informa que não estão faltando vacinas na Bahia para a aplicação da segunda dose. “As unidades foram entregues pelo Governo do Estado aos municípios de acordo com o número de primeiras doses enviadas anteriormente, e aguardam que a população compareça para completar o esquema de vacinação. Com o atraso na aplicação das segundas doses, nós orientamos que sejam utilizadas sempre as unidades mais próximas do prazo de vencimento, fazendo a permuta dos lotes, bastando-se respeitar aí a reserva dos lotes para as segundas doses de acordo com as primeiras aplicadas”.
Vânia destaca também a importância de que os municípios mantenham atualizado o sistema, informando quantas doses foram aplicadas. “É muito importante que os municípios façam os registros das aplicações em tempo oportuno, no mesmo dia, porque muitas vezes as pessoas já foram imunizadas com a segunda dose, mas no sistema a gente ainda não identifica essa aplicação. Então a gente acaba contabilizando como atraso doses que já foram aplicadas”.
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