Nos passos do Padre Ibiapina (18062021). Este é o tema do Seminário Virtual que será realizado na quinta-feira (5), às 9hs com transmissão pelo google meet e no Instagram: @nospassosdopadreibiapina. A coordenação do evento é da professora doutora Antônia Lasdislau, atual presidente da Fundação Cariri (Funcar). O evento tem o apoio da Universidade Federal da Paraíba-UFPB e TV Assembleia Legislativa do Ceará.
O evento acontece no dia 05 de agosto, data de nascimento dos 215 anos do Padre Ibiapina.
O Padre Ibiapina nasceu em 1806 e ingressou no Seminário em 1828. Decidiu se tornar missionário, visitou diversas províncias do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, deixando entre as suas obras a construção de igrejas e Casas de Caridade.
Após sua morte, iniciaram as discussões sobre a canonização do missionário, que está em andamento até hoje.
José Antônio de Maria Ibiapina, o Padre Ibiapina (1806-1883) foi deputado, advogado e juiz de direito. Aos 47 anos abandona a vida civil e se torna padre decidindo peregrinar pelos sertões do Nordeste brasileiro evangelizando, e promovendo obras de ação social e educação.
Padre Ibiapina esteve no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Pernambuco construindo açudes, cemitérios, capelas, cacimbas, igrejas, casas de caridade e colaborando na fundação de municípios. Sua atuação permanece na memória popular e pode ser observada através de visitas a lugares como o Santuário de Santa Fé, localizado no município de Solânea (Paraíba), ou em outros lugares espalhados pela região Nordeste que trazem seu nome.
Gilson Lopes da Silva, Graduado em filosofia pela Universidade São Francisco (USF/SP), especialista em Educação Ambienta apontq que as missões mobilizavam as populações através dos rituais religiosos e dos mutirões de trabalho organizados para a execução das construções. Essas ações se caracterizam por uma religiosidade plural, dado que ele socorria os sertanejos através da caridade cristã, ao mesmo tempo em que executava ideais de civismo e produtividade. O período de atuação missionária do Padre Ibiapina (1856 – 1883), é marcado pela situação de miserabilidade e flagelo social ocasionados pelas sucessivas secas, que provocavam movimentos migratórios em direção às províncias.
As casas de caridade figuram como as principais obras e congregavam todo um ideal de vida que deveria ser seguido pelas irmãs e acolhidos. O modelo empregado nas instituições seguia um regimento interno elaborado pelo próprio Padre Ibiapina, pautado na orientação, regulação e moralização dos acolhidos através do trabalho, ancorado nas noções de civilidade, disciplina e utilidade social.
Da Casa de Caridade de Santa Fé, na Paraíba, Padre Ibiapina acompanhava as outras instituições comunicando-se através de cartas com as superioras. Durante o itinerário de peregrinação do missionário foram construídas vinte e duas casas de caridade nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. As primeiras instituições foram construídas no ano de 1860, em Gravatá do Jaburú (Taquaritinga do Norte/PE), e Santa Luzia do Mossoró (Mossoró/RN).
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