Profissionais da área da educação apontam falta de estrutura para o retorno das aulas presenciais. É o caso da cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia. De acordo com a representante dos pais do conselho municipal da cidade, a retomada das aulas presenciais é inviável para o próximo mês.
“Não é só álcool em gel e máscara. Nas escolas, temos 2,5 mil alunos, em média, na educação infantil. É um público específico, que a gente precisa ter uma atenção redobrada para ter todos os protocolos sanitários adequados e que não coloque em risco a vida dos alunos e dos profissionais da educação”, relata Geovanice Vigas.
De acordo com o secretário de educação da cidade, Edmilson Pereira, por causa da pandemia as escolas de Santo Amaro não passaram por manutenção e, agora, vão precisar ser adequadas para garantir um retorno seguro. Para a adequação, elas precisam ficar fechadas.
"Enfrentamos um problema muito sério que foi a falta de manutenção das unidades escolares em 2020. E agora a gente convive em ter que investir 6 milhões só no processo de reforma das nossas unidades. Para isso, é preciso que as escolas não estejam funcionando”, detalha.
As aulas semipresenciais não devem ser retomadas em mais da metade das cidades da Bahia no mês de agosto, conforme aponta um levantamento da União dos Dirigentes Municipais de Educação da Bahia (Undime-BA), que obteve resposta de 415 das 417 prefeituras baianas.
A pesquisa apontou que 215 municípios só voltarão a ter estudantes e professores em sala a partir de setembro deste ano. Outras 132 prefeituras, quase um terço dos municípios baianos, só vão retornar em 2022.
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