Aprovada na semana que passou, na Câmara e no Senado, a Lei de Diretrizes Orçamentárias com inclusão de um aumento desproporcional do Fundão Eleitoral, de R$ 5,7 bilhão, continua na pauta das discussões e aguardando a aprovação, ou não do presidente Jair Bolsonaro.
Um veto do presidente, que já anunciou que pode fazê-lo, tira Bolsonaro do olho do furação entre seus seguidores, mas deixa o pepino nas mãos da sua base eleitoral, responsável por aprovar o projeto com o famoso “jabuti” incluso.
O veto devolve o Projeto às casas legislativas e os deputados e senadores terão que derrubar o veto e Bolsonaro, decisão que custa muito desgaste entre os eleitores, que maciçamente reprovam o aumento milionário para as campanha dos parlamentares e seus partidos.
Na Bahia, em que pese todos os senadores sejam da base de Rui Costa, do PT, os votos divergiram: Jaques Wagner, votou contra, Otto Alencar, com Covid-19, se ausentou e Angelo Coronel deu sim ao fundão eleitoral de R$ 5,7 bilhões. Entre os deputados com base eleitoral na região votaram a favor do fundão estão os deputados Adolfo Viana e Elmar Nascimento.
Entre os deputados federais baianos presentes na votação 22 votaram a favor do fundão e 14 contra.
De acordo com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), um “arrumadinho” estaria sendo costurado pelo governo, com sua base, para diminuir o impacto negativo causado pelo aumento do fundão nos termos que foi aprovado, de quase R$ 6 bilhões, caindo para R$ 4 bilhões, o dobro do valor atual.
A volta da discussão era tudo que a maioria dos que aprovaram não gostariam de ver na mídia, mas pelo jeito, para garantir o bônus, vão ter que enfrentar o ônus, de novo, já que ninguém quer assumir o desgaste sozinho.
(Confira como votou cada deputado e senador baiano na proposta aprovada no Congresso nacional)
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