Padre Arlindo Matos, pároco de Tamandaré, celebrou neste dia 18 de julho seu aniversário com a entrega de 2 mil cestas básicas, 30 mil ovos, 5 mil kg de frango inteiro temperado, que totalizam 40 toneladas, além de muito brilho nos olhos de quem recebeu alimento em forma de amor.
Durante a ação, todos os voluntários prestaram uma linda homenagem a Dom Henrique, que faleceu há exato um ano, vítima da pandemia. Soltaram em frente à Nova Matriz centenas de balões brancos que subiram ao céu em memória do Bispo de Palmares, a qual a Paróquia de São Pedro está vinculada.
Levar esperança e sorriso para tantas famílias, esse é o brilho nos olhos e a força que move o Padre Arlindo. É o presente que o deixa mais feliz. Sem festa, mas comemorando seu aniversário da maneira que mais gosta: comandando a doação de alimentos a quem mais precisa. Essa é a 16ª edição da campanha “A Fome Não Pode Esperar” desde que começou a pandemia.
Como havia a necessidade de uma logística que permitisse a entrega, alguns amigos, do padre assumiram o papel de voluntários. Ao longo do dia, eles se revezaram em escalas pré-definidas e, literalmente colocaram a mão na massa para partilhar com o padre a alegria de entregar as cestas e ver os sorrisos nos rostos de quem recebe o alimento. A partir do exemplo do padre, muita gente se junta à causa e o que se viu foi um verdadeiro milagre da multiplicação dos pães.
A ação tem dupla força: para quem recebe cestas básicas e para quem está como voluntário, com o privilégio de entregar os alimentos à camada mais vulnerável da cidade de Tamandaré-PE. Tudo sempre com o cuidado e o cumprimento das regras de proteção à saúde exigidas pelo momento em que o mundo vive.
As senhas, com hora marcada eram entregues antecipadamente, mediante visitas de uma equipe para constatar a situação de vulnerabilidade social. A área carente da cidade era marcada no mapa, de modo a não deixar alguém que precisasse, de fora. No dia da entrega, voluntários acomodavam e organizavam os beneficiários com distanciamento recomendado pelas autoridades, para que não houvesse aglomerações, num nível de organização sem iguais.
Quando parte para ajudar os outros, quem mais se ajuda é a própria pessoa. Essa é a opinião da voluntária, Fabiana Rodrigues, que sente “a alegria de participar, com a vontade de fazer algo pelo outro, isso deixa uma sensação de gratidão e realização. E quando a gente chega aqui e se depara com essa estrutura, a gente se sente seguro. É emocionante ainda ver a satisfação das pessoas que recebem os alimentos, saindo com sua cesta, sua bandeja de ovo, seu frango.”
A ação foi fundamental para amenizar a dor e o sofrimento de uma população de cerca de 23.000 habitantes que foram duramente atingidas pela crise econômica decorrente da pandemia do Coronavírus acarretou. A cidade, que vive essencialmente do turismo, tem 86% de sua população trabalhando sem careteira assinada. Com o isolamento social, e o fechamento das praias e do comércio, turistas e veranistas sumiram da praia. Ambulantes, vendedores de comidas de praia, de coco, de picolé, de amendoim, faxineiras, mototáxis, artesãos, pedreiros e muitos outros ficaram sem ter como prover o próprio sustento.
Quando se começou a campanha, ninguém imaginava que fosse chegar a tanto e ajudar a população a atravessar o período difícil com tanta dignidade. Os números surpreendem e, inevitavelmente, mostram que verdadeiros milagres podem acontecer. São milhares de pessoas que fizeram doações, que pediram aos amigos, que mobilizaram as redes sociais, empresas e entidades do terceiro setor que contribuíram para que tamanho bem pudesse ter sido feito. É o verdadeiro milagre da multiplicação dos pães, onde cada um dá a sua contribuição. Um mundo melhor, uma cidade melhor começam a ser construídos, a partir da alegria de uma cesta básica.
A CAMPANHA - O sacerdote iniciou a mobilização como uma forma de amenizar a dor e o sofrimento de quem ficou privado de prover o próprio sustento com o isolamento social decorrente da pandemia.
Essa edição é também um momento de celebrar a abundância derramada ao longo do ano numa cidade de extrema vulnerabilidade social, edição que veio em forma de muita alegria. Era preciso comemorar tantos alimentos recebidos, tantos voluntários que se doaram e milhares de doadores que contribuíram neste período de pandemia. É assim que celebra o padre Arlindo: “para mim, a melhor maneira de enfrentar os riscos dessa pandemia, é matar a fome de tanta gente. Isso previne o Coronavírus, pois um povo alimentado e forte está preparado para vencer uma pandemia. Isso também gera imunidade e alegria”.
Até o momento, a campanha distribuiu mais de 460 toneladas, distribuídas em 28 mil cestas básicas, 290 mil ovos, 6.000 kg de frango, 11.300 mortadelas, além de 10 toneladas de produtos de limpeza e três toneladas de guloseimas.
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Arlindo Laurindo de Matos Junior
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