Leitora, solicita não divulgar nome e acusa que "alguns funcionários estão recorrendo à ajuda psicológica profissional em virtude dos maus tratos que vem sofrendo no trabalho, diante disso, em comum acordo, decidimos criar um texto e colocar na imprensa para ver se alguém se sensibiliza com a nossa situação e venha nos ajudar, por que não está sendo fácil para nenhum de nós, estamos trabalhando sob gritos, ameaças, desrespeito, abusos, que na nossa humilde opinião se caracteriza como ASSÉDIO MORAL".
Confira texto na integra: Estou aqui enquanto representante de um grupo de servidores públicos municipais, que, como eu, também trabalham em escolas da rede municipal de ensino da cidade de Juazeiro Bahia.
A partir de conversas nas escolas entre funcionários vitimados por gestoras (es) e coordenadoras (es) pedagógicas que abusam do poder, conseguimos criar um grupo de whatsapp, onde cada um de nós compartilhamos sobre nossas dores e angustias de tudo o que estamos passando nos nossos espaços de trabalho, alguns destes funcionários estão recorrendo à ajuda psicológica profissional, em virtude dos maus tratos que vem sofrendo no trabalho, diante disso, em comum acordo, decidimos criar um texto e colocar na imprensa pra ver se alguém se sensibilize com a nossa situação, e venha nos ajudar, por que não está sendo fácil para nenhum de nós, estamos trabalhando sob gritos, ameaças, desrespeito, abusos, que na nossa humilde opinião se caracteriza como ASSÉDIO MORAL.
Algumas pessoas quando por muito tempo ficam no poder, se sentem proprietárias dos espaços os quais estão responsáveis, assim como dos funcionários os quais estão sob o seu comando, contudo, essas pessoas, sem o uso do limite, excedem-se no seu poder de poder: perseguindo, oprimindo, humilhando, coagindo, ameaçando, violentando e violando os direitos dos servidores, que, além de serem servidores públicos, como eu, são também, seres humanos, pais e mães de família. A forma de como são tratados, afeta dolorosamente a dignidade, a saúde mental, emocional e física desses servidores. Esse comportamento condenável vem sendo vigorado há muitos anos por uma parte expressiva das gestoras (es) e Coordenadoras (es) Pedagógicas das Escolas Municipais da cidade de Juazeiro-Bahia. Evidentemente que não posso aqui generalizar, pois, em algumas escolas existem gestoras (es) e coordenadoras (es) que exercem as respectivas funções com competência, profissionalismo, ética, respeito aos seus subordinados e com o imprescindível senso de humanidade.
De certa forma, nós Servidores do Administrativo e do quadro de apoio das Escolas Municipais de Juazeiro-BA, associamos, pelo menos em parte, esse comportamento abusivo e repulsivo dessas servidoras (es) em questão, ao longo período que as mesmas se encontram à frente das suas funções. Muitas das referidas gestoras (es) e Coordenadoras (es), estão entre 08 e 12 anos no poder, na mesma Unidade Escolar, ao ponto de alguns destes se comportarem como proprietárias (os) das escolas e de seus subordinados, tratando-os sem o devido respeito, ferindo assim os seus direitos, e, inevitavelmente atingindo danosamente a sua saúde.
Infelizmente, diante dessa lamentável situação muitos de nós: ASGs, ASEs Secretários Escolar, Auxiliares Administrativos e Merendeiras (além de alguns professores contratados), estamos sofrendo com essa triste situação, muitos estão adoecendo mentalmente, ao ponto de alguns estarem tendo que buscar ajuda psicológica, com sérias dificuldades para desenvolver suas atividades diárias nos seus espaços de trabalho, assim como, para terem uma vida mais saudável fora dele.
Além das aflições do ASSÉDIO MORAL suportado por nós servidores, algumas gestoras (es) e coordenadoras (es), estão indo de encontro às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as mesmas estão promovendo encontros presencias com pais de alunos nos espaços escolares, encontros estes os quais nos coloca em estado de vulnerabilidade com relação ao covid-19, nos levando de alguma forma associar, às eleições para Gestão Escolar que irão acontecer esse ano. Ante essa situação, aproveitamos o ensejo, para sugerirmos que, nas eleições deste ano, as/os candidatas (os) que já cumpriram dois ou mais mandatos (08 anos ou mais), deverão, a partir destas eleições concorram ao novo pleito em outra unidade de ensino da rede, pois entendemos que a alternância de poder (Gestão) é saudável para a instituição e para seus colaboradores, assim como para as próprias gestoras (es) e de coordenadoras (es).
COM A PALAVRA: Prefeita Suzana Ramos, Secretária Municipal de Educação Normeide Almeida, SINSERP, APLB.
Atenciosamente,
SERVIDORES INSATISFEITOS!!
O Blog encaminhou o conteúdo da denúncia a Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação e Juventude que encaminhou a seguinte nota de esclarecimento:
NOTA DA SEDUC
A Prefeitura de Juazeiro esclarece que não compactua, não admite e repudia quaisquer práticas ou condutas de seus servidores que não sejam éticas e de acordo com as orientações da gestão municipal, que tem como premissa cuidar das pessoas.
Sobre a situação relatada, a prefeitura também destaca que não há, até o momento, registros de denúncias relativas à ocorrência da prática de assédio moral nas unidades de ensino do município, mas orienta que o profissional que se sentir constrangido ou assediado no ambiente de trabalho, procure a Secretaria de Educação e Juventude (Seduc) para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.