Países que adotaram medidas de proteção mais eficientes evitaram mais mortes por Covid, diz estudo 

07 de Jul / 2021 às 06h30 | Coronavírus

Um estudo da Fiocruz em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Instituto Federal da Paraíba mostra que os países que tiveram uma atuação mais eficiente nas medidas de prevenção evitaram mais mortes pela Covid-19.

Foi analisada a situação do Brasil e de mais 42 países, entre 19 de fevereiro de 2020 e 6 de janeiro de 2021. Por meio de cálculos e comparações, os pesquisadores mostram por que medidas preventivas são eficientes para evitar as mortes por Covid-19.

Sair de casa de máscara virou regra. Andar distante das pessoas nas ruas é outra norma de segurança. E a testagem da população traz a certeza que as pessoas precisam para se isolar ou não.

Segundo o professor Leonardo Fernandes, do curso de economia e sistemas de informação da UFRPE, o estudo se baseou no grau de entropia, ou seja, o grau de desordem do sistema de acordo com como os países lidam com a pandemia. Quanto maior a desordem, mais difícil fica diminuir os casos de morte por Covid-19.

Ele acrescentou que os países que foram proativos na implementação das medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentaram uma menor entropia e maior previsibilidade.E

Entre essas medidas estão a utilização de máscaras faciais, distanciamento social, quarentena, testagem da população e as medidas de higiene como álcool em gel.

“Do contrário, os países que apresentaram uma lentidão ou até mesmo reatividade à implementação das medidas recomendadas pela OMS, maior entropia e menor previsibilidade”, disse.

De acordo com a pesquisa, os países com melhores posições na lista foram Taiwan, Vietnã, Nova Zelândia, Cingapura, Islândia, Tailândia, Chipre, Estônia e Noruega.

Os países que ocuparam as piores posições no enfrentamento da Covid-19 no período de análise foram Argentina, África Do Sul, Bélgica, Irã, República Tcheca, Índia, Peru, Colômbia e Itália. O Brasil ficou na 16ª posição.

“Tem que se pensar, realmente , numa nova forma de reagir, porque a gente já passou de 500 mil mortos, né?”, observa Leonardo Fernandes.

O pesquisador Bartolomeu Acioli, da Fiocruz Pernambuco, coordenador do estudo, acredita que o resultado da pesquisa pode ajudar os gestores públicos a traçarem metas apropriadas pra lidar melhor com a pandemia.

"Entendendo os resultados que nós estamos apresentando, a principal lição é tomar as atitudes corretas igual às nações que conseguiram os melhores desempenhos. E levar a sério a previsibilidade nos levará a tomar medidas mais assertivas”, destacou.

Fiocruz

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.