A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, por um novo aumento na taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual.
Com o recrudescimento da covid-19 no País desde o início do ano, a atividade econômica, que vinha mostrando uma gradativa recuperação, sofreu novo impacto negativo em razão das novas medidas protetivas de distanciamento social. A produção industrial de abril de 2021 ainda está 6,6% abaixo do nível alcançado em dezembro de 2020.
Em razão desse cenário, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que as condições de crédito para consumidores e empresas deveriam continuar sendo de estímulo. "A decisão por um terceiro aumento expressivo da Selic vai de encontro a essa necessidade e desestimula a demanda ao aumentar o custo do financiamento de maneira significativa", afirma.
Na avaliação da CNI, os grupos de preços que apresentam elevação tendem a ter aumentos transitórios, como os administrados, industriais e, principalmente, alimentos. Desta forma, as taxas de inflação desses três grupos devem desacelerar nos próximos meses. "A normalização de estoques e a recente valorização do real devem contribuir para diminuir a pressão por repasse de custos para os preços ao consumidor", diz Robson Andrade.
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