No próximo dia 15/06, terça-feira, a partir das 14h, a AVSI Brasil e o UNICEF realizarão mais uma capacitação online e gratuita para profissionais de saúde do semiárido nordestino. O curso tratará dos temas “Água, Saneamento e Higiene (ASHI)” e “Prevenção e Controle de Infecções (PCI)”.
A ação faz parte de uma iniciativa conjunta entre as duas instituições, realizada nos estados de Pernambuco, Bahia e Ceará, para apoiar a gestão municipal na continuidade dos serviços essenciais às crianças e adolescentes nas áreas de saúde e educação, com foco especial em garantir um retorno seguro às escolas. A primeira edição do webinar contou com um público de 650 participantes. As inscrições podem ser feitas através do link: http://bit.ly/ASHI-PCI-1506.
Até o final de setembro, o projeto alcançará 300 escolas e 54 unidades básicas de saúde (UBS) de 39 municípios desses três estados, incluindo as capitais e cidades da região do semiárido, com ações de informação, capacitação e engajamento de autoridades, profissionais de saúde e educação, pais, alunos e lideranças sociais. Serão também distribuídos kits de higiene e saúde (incluindo, em algumas cidades, estações de lavagem de mãos para escolas) e materiais educativos.
A enfermeira Maria Célia Oliveira, que atuou como consultora na elaboração do treinamento, ressaltou a importância deste trabalho junto às unidades de saúde e população das cidades impactadas. “As limitações estruturais encontradas em alguns territórios para acessar itens essenciais como a água e saneamento exigem que a população e as equipes de saúde sejam ainda mais cuidadosas em seguir os protocolos de segurança como distanciamento, uso de máscaras e higienização das mãos”, afirma.
Ela conta que o segredo para seguir os protocolos de segurança, mesmo em situações difíceis como o país enfrenta com a pandemia, é a empatia, conseguir se colocar no lugar do outro. “Acredito ser fundamental ter clareza da necessidade de seguir as recomendações da saúde e buscar soluções para superar as adversidades em parceria com o poder público e as organizações da sociedade civil.”
Para Tati Andrade, pediatra e especialista em saúde do UNICEF, no protocolo existem normas que precisam ser seguidas em todos os lugares, como uso de máscara, higiene das mãos, a etiqueta respiratória, ou seja, não tossir, espirar ou falar muito próximo de outras pessoas, tentando manter o distanciamento físico mínimo de 1,5 metro. “Essas medidas precisam ser checadas e podem ser adaptadas a cada realidade, havendo uma orientação para as várias situações. Por exemplo, há máscaras mais indicadas para aqueles técnicos que fazem procedimentos em pacientes com Covid-19. Há máscaras para aqueles que atendem pessoas com suspeita de Covid-19 e existem as máscaras caseiras que podem ser utilizadas pela grande maioria da população. Então, os protocolos possuem orientações para as várias realidades e situações”, garante.
Segundo a médica, uma das dificuldades percebidas está na infraestrutura de algumas unidades de saúde, com dificuldade de acesso a equipamentos de proteção individual. Em alguns equipamentos da área rural pode haver dificuldade de acesso à água em quantidade e qualidade adequadas. “Então, o projeto que temos com a AVSI propõe a instalação de estações móveis de lavagens de mãos, que podem ficar mais próximas dos locais, do recreio das crianças, para facilitar a higiene das mãos”, explica. “Outra coisa muito importante e que, tanto nas escolas como no serviço de saúde, podem ser afixados cartazes feitos pela própria equipe da unidade, lembrando todas as medidas, como uso da máscara permanentemente, distanciamento físico, etiqueta respiratória, higiene das mãos, além de recomendar a não permanência na escola se a pessoa tiver com algum sintoma de Covid-19.”
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