Nascido em São Paulo-SP, de meados para o final da década de 70, Ademir Santana Silva que; em 1982 viria a se tornar *Demis Santana* por obra, graça e honra de colegas de sala no Colégio Estadual Lomanto Júnior em Juazeiro da Bahia; onde impactado pelo Rio São Francisco, penitentes, Rodas de São Gonçalo, samba de véi, carnaval de batucadas e de trios elétricos, corridas de argolinha, festejos de Cosme e Damião, se descobriu poeta com inclinações para ator e escritor de peças teatrais.
"Foi em Petrolina-PE, no Colégio Dom Bosco, a primeira oficina de teatro, facilitada por Edvaldo Franciolli, com montagem de Medéia de Eurípedes ". Em 1985, estimulado pelo irmão jornalista Zé Carlos Santana, matriculou-se no Sesc Poço de Maceió-AL, e tornou-se ator da Companhia Tespes de Teatro, depois do Grupo Ars Cênico e muitos outros que obedeciam a batuta do diretor de teatro Mauro Braga.
De volta a Juazeiro-Ba em 95, interessou-se por literatura de cordel, aprendeu, pôs em prática e até ensinou a milenar arte da rima metrificada. Já Cordelista reconhecido, se apercebeu compositor, e foi buscar parceiros músicos para amalgamar letras e melodias. Fundou a Companhia Curaçálica de Artes Livres e também se fez integrante Compositor e cantor da Banda de Rock Bichos Escrotos em Curaçá-BA, além da Banda Sendero Luminoso, na UNEB de Juazeiro-BA.
Em 2005, de volta a Maceió, compôs cocos (sincopados), que se diferiam dos costumazes, por quase sempre fala do sertão. Com o coco, o cordel e o teatro foi a Brasília, a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Sergipe, A Recife, a Olinda, ao interior do Ceará (Varjota, Barbalha). Avançou do coco para o maracatu, e passou a ser compositor oficial do Coletivo AfroCaeté. Formou o grupo musical Arca da Cultura Alagoana, que trocou de nome para Arca da Cultura Popular; fundou também o Grupo Musical e Teatral Órfãos do Cangaço, trabalhando com nomes como: Arnaud Borges, Gama Junior, Kaw Lima, Jaques Setton, Wilson Santos, Ykson Nascimento.
Subiu em palcos de eventos das Secretárias municipal e estadual de Maceió e de Alagoas.
Classificou poesia no concurso literário de Sesc Guaxuma (Maceió), música, poesia e teatro no Salão de Artes da UNEB (Juazeiro-BA), música no festival da canção do Sesc Cariri (Juazeiro do Norte-CE), música no Festival Edésio Santos da Canção (Juazeiro-BA), teatro no Festival Loucos em Cena (Barbalha-CE), poesia no projeto: Sarau no Bosque (Uauá, Curaçá e Juazeiro-BA), coco no "De Repente Rap" (Juazeiro - BA) e música no Polo carnavalesco Luiz Galvão - 2019 (Juazeiro-BA).
Integra, produz e dirige o Coletivo Cultural Galeota das Artes do São Francisco ( Curaçá-BA), foi gerente de eventos da Fundação Cultural de (Juazeiro-BA, 2001) e representou Jesus, no espetáculo: "Jesus o Filho do Homem", dirigido por Wellington Moteclaro (Juazeiro-Ba, 2001).
*CHICO RIO*
Esse rio que aqui passa
É a entrada e a saída
Se ele seca, eu seco junto
O Velo Chico é a nossa vida.
Vejam a mata ciliar
Já por demais devastada
Onde íamos brincar e pescar
Na nossa infância passada.
Pra onde irão tantas Iaras?
O que será do Nego D'água,
quando sumirem as águas claras
E este leito virar estrada.
Sem o namoro no cais
Do menino com a menina
Não vão ficar triste demais
Penedo e Petrolina?
Ao sumirem os lavradores, as lavadeiras, os ribeirinhos, e a lua cheia refletida no refúgio dos sozinhos.
De onde nós beberemos água fresca, poesia?
De onde vates e cantadores vão captar melodias?
Leva correnteza este possível tormento
De que falte em nossa mesa
Lazer, água e alimento.
Leva correnteza este possível tormento
De que falte em nossa mesa
Lazer, água e alimento.
{Ôh...}
De onde nós beberemos água fresca poesia?
De onde vates e cantadores vão captar melodias?
De onde nós beberemos água fresca poesia?
De onde vates e cantadores vão captar melodias?
Rio São Francisco, Velho Chico. Chico Rio.
*Chico Rio*
(Demis Santana)
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