O presidente do PT de Salvador, Ademário Costa, criticou a ida do prefeito capital, Bruno Reis (DEM-BA), a Brasília para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Cidadania, João Roma.
Para o dirigente a busca dos recursos, um montante de 125 milhões de dólares, que não depende do presidente para a liberação, mas da autorização do Senado, revela apenas a subserviência do prefeito ao presidente que massacra o Nordeste.
"Na realidade, Bruno Reis foi agradecer Bolsonaro o "apoio" para Salvador de uma autorização de empréstimo internacional que vai ser autorizada pelo Senado. Ou seja, foi lá apenas elogiar e declarar sua subserviência a um presidente que agrava a pandemia, que já matou 465 mil pessoas, e prejudica a sua própria gestão, cortando recursos para leitos de UTI da capital, negando vacinas, e gerando desemprego e fome", destacou Ademário.
Ademário ainda destacou que a submissão de Bruno a Bolsonaro mostra que o gestor ignora o fato do presidente não priorizar a Bahia e Salvador. "Bolsonaro praticamente zerou novos investimentos na Bahia e em Salvador. Ajudou a fechar fábricas no Polo de Camaçari, abandonou o Nordeste ao desemprego e à fome", disse.
O dirigente petista afirmou ainda que a parceria de Bruno e seu grupo com Bolsonaro não é de agora e o objetivo do líder do DEM na Bahia em disputar o governo depende das forças bolsonaristas no Estado.
"Sabemos que o DEM é base do Governo Bolsonaro desde o segundo turno das eleições de 2018. Na eleição para a presidência da Câmara, apoiaram o candidato do governo para impedir o impeachment e na CPI do COVID os senadores do DEM se destacam na tropa de choque em defesa do governo. É por isso que esse grupo só faz críticas a Bolsonaro de forma superficial, enquanto não lutam para retira-lo da presidência e não entram nas pautas centrais. Além do mais, o interesse de ACM em disputar o governo na Bahia depende das forças bolsonaristas no estado. Resumindo, o prefeito está servindo de ponte para os interesses de seu chefe político, lamentável", concluiu Ademário.
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