* Giovani Mendonça
Ninguém imaginou que a pandemia iria tão longe. Em março do ano passado, o comércio varejista, as indústrias, as empresas de serviços e as entidades patronais de representação setorial estavam em pânico ao pensar que poderíamos ter restrições e confinamento além de 60 dias, o que representaria queda expressiva no faturamento. Mais de um ano se passou e temos um cenário mundial completamente modificado.
O momento trouxe novos comportamentos de consumo e a necessidade de adaptação e adequação das operações das indústrias, do varejo e serviços. Como consequência, muitas tendências surgiram. A inovação, a tecnologia, o pensamento sistêmico, a valorização das relações pessoais e comerciais e a ajuda mútua criaram uma nova realidade, a partir de novas rotas pessoais e comerciais.
Neste momento de tantas incertezas e indefinições, alternativas são estudadas para manter a operação do mercado nesses atuais e oportunos tempos. Como em época de guerra, em que a crise impulsiona a criatividade e a adaptação dos povos às descobertas e inovações, levando a economia a grandes saltos, estamos novamente nos deparando com oportunidades. Para percebê-las, é preciso levantar a cabeça e enxergar o novo modus operandi, que deixou de ser tendência e se tornou realidade. E o momento é agora, não há tempo para protelar.
Imposto pela pandemia, o modelo de trabalho em home office é um caminho sem volta. Estamos nos adaptando às reuniões online, que podem ser realizadas de qualquer lugar. O mundo está aprendendo a realizar seu trabalho por meio de eventos digitais com soluções e respostas mais rápidas do que o trabalho presencial nos permite obter. Houve perda da socialização? Certamente, mas a hora é de adaptação e descobertas. Foi possível observar que os recursos tecnológicos permitiram a ampliação do conhecimento e a aproximação entre culturas e pessoas, extrapolando as divisas territoriais.
Das grandes corporações aos médios e pequenos negócios, todos precisam ter agilidade. Não podemos fazer a gestão desta transição com as mesmas referências conceituais que tínhamos antes de entrar neste “desfiladeiro”. É preciso “abrir a caixa” e compreender como a sobrevivência passará por novas concepções e estratégias. Segundo o The Economist, em artigo publicado em 16 de novembro de 2020 sobre as tendências para 2021, mesmo com toda limitação provocada pela pandemia “empresas que não investem ao menos 10% em novas tecnologias irão desaparecer”. A tradicional organização terminou em 2020. O mundo enxerga 2021 como um novo começo. Um renascimento. É preciso ampliar a visão, afinal, o mundo continuará girando. Novas formas de operacionalizar os resultados da empresa deixam de ser tendências e passam a ser aplicadas. Organizações e entidades não podem deixar de falar com seus diversos interlocutores e com o mercado. Definitivamente, ficou claro que é preciso trazer soluções para as diversas necessidades de seus clientes.
*Diretor da Cria-Me (empresa de soluções em projetos e eventos)
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