O cancelamento e adiamento pelo segundo ano consecutivo das festas de São João em função da pandemia da covid-19 –doença causada pelo novo coronavírus– deve resultar novamente em prejuízo de pelo menos R$ 1 bilhão na economia dos principais Estados do Nordeste.
A estimativa refere-se apenas às maiores festas juninas de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia. No entanto o impacto é maior, já que são realizados arraiás de pequeno porte em quase todas as cidades nordestinas.
Desde o ano passado as cidades de Caruaru (PE) e de Campina Grande (PB), que realizam as duas festas de São João mais famosas do Brasil, deixaram de movimentar, juntas, mais de R$ 400 milhões durante o período junino. Em Mossoró (RN), a festa estimava uma movimentação de R$ 94 milhões.
Em Campina Grande, onde a movimentação de turistas já começava em maio, o São João movimenta R$ 200 milhões e costuma ter uma receita de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) em junho que supera o mês de dezembro.
Em Caruaru, que atrai cerca de 3 milhões de pessoas durante o ciclo junino, o cancelamento da festa resultou na perda de 12 mil empregos diretos e indiretos que são criados na cidade no período.
Na Bahia, onde as principais festas são pulverizadas em várias cidades de médio porte, o governo estima que o impacto da pandemia seja de cerca de R$ 550 milhões na economia sem as festas de São João.
Em 2019, apenas as prefeituras baianas investiram cerca de R$ 190 milhões em serviços relacionados às festas, como a montagem de estruturas, atividades culturais e contratação de artistas.
A ausência das festas ainda impactam toda a cadeia produtiva do ciclo junino, que inclui a produção de pratos típicos, licor artesanal, fogos de artifício, transporte aéreo, rodoviário, hotelaria e até aluguel por temporada de casas.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.