Sem o apelo das lives, que durante algum tempo se transformaram num meio de sobrevivência para muitos, principalmente na área musical, os artistas agora tem usado de outras estratégias para manter vivo o seu trabalho e até para garantir o sustento, já que a categoria foi uma das primeiras a parar e até o momento não tem nenhuma perspectiva de voltar.
Em Senhor do Bomfim, um grupo de artistas de rua, mais ligados aos espetáculos circenses e que também sofrem com a suspensão das atividades, usou da criatividade com fantasias de super-heróis e de palhaço, para sensibilizar quem passou pelo centro da cidade.
Um deles é Danilo César, palhaço, de Salvador, que relatou as dificuldades enfrentadas pelos artistas de rua: “Estou passando dificuldades dentro de casa, com filhos precisando, estou desempregado e essa foi uma das soluções que encontramos para sobreviver”, apelou.
João Wellington, fantasiado de homem aranha, relatou que perdeu o emprego com a pandemia e que não restou outra opção senão ir às ruas para buscar a solidariedade das pessoas: “Fui vender pipocas nos sinais, mas ainda há muito preconceito e diante das dificuldades, juntei dois amigos e saímos para buscar esse dinheiro para família. Quero que compreendam, respeitem nosso trabalho, nos ajudem. Estamos dormindo na rua e precisando de apoio. A polícia nos trata muito bem, a população nos recebe com carinho e toda ajuda será benvinda”, disse.
Em Juazeiro também tem sido usual ver grupos de artistas em sinaleiras, com shows musicais de rua, buscando preencher a agenda e colher meios de se manter vivo e produzindo.
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