“Empilhando os montes” é o título do primeiro EP produzido profissionalmente pelo grupo Vila Oculta, formado por Nadson (ND7) e Neilon (Dayack), de Juazeiro (BA), que iniciaram a carreira musical no Vale do São Francisco há cerca de 3 anos.
A dupla foi selecionada pelo projeto Casinha Incubadora, executado pela Opará Produtora Cultural, através da Lei Aldir Blanc. Em fevereiro deste ano, o projeto abriu uma seletiva gratuita para cantores e cantoras solo, duplas e bandas, com o objetivo de oferecer profissionalização artística e musical para artistas em início de carreira, aqui na região do Sertão do São Francisco.
O EP será lançado nesta sexta-feira (28) nas principais mídias e plataformas digitais.
Para Nadson e Neilon, ambos com 24 anos de idade, o Vila Oculta nasceu da vontade de ter a música enquanto profissão. Jovens, criaram o grupo em 2018, quando lançaram o single “Rascunho” no YouTube. Musicalmente, os dois falam “um pouco sobre tudo”, como eles mesmos dizem: pontos de vista, histórias do dia a dia, sentimentos, referências externas. Referências essas que são variadas - rock, rap, reggae, entre outros gêneros musicais.
Com tantas inspirações diferentes, os artistas se vêem em constante construção e, por isso, preferem ficar distantes dos rótulos. Ou seja, sem a necessidade de definir um gênero musical único, apesar de terem o Rap, o Hip Hop e a música do gueto como algumas das principais direções artísticas e musicais desde o início da carreira. “Por mais que a mensagem que chegue ao público da gente seja rap, a gente é artista no geral”, destaca Neilon.
E essa mistura de referências, inspirações e sentimentos se transformou no EP “Empilhando os Montes”, com três canções autorais, que será lançado nesta sexta-feira (28) em todas as plataformas de streaming de músicas como Spotify, Deezer, Tidal, Apple Music e Youtube. Com a produção executiva da Opará, os artistas também foram contemplados com a criação de nova identidade visual, campanha de lançamento e divulgação do EP na imprensa, além da realização de um show em formato online, aberto ao público, no YouTube, previsto para acontecer em junho.
Toda essa repaginada artística só foi possível por meio da Casinha Incubadora. Após passar pela curadoria do projeto, que avaliou trabalhos musicais diversos, enviados de vários cidades do Sertão do São Francisco, o grupo foi selecionado para a etapa de incubação, dentro do Estúdio Casinha Lab, em Juazeiro (BA), onde vivenciaram um processo intenso de criação musical e gravações, a partir de materiais que já estavam sendo produzidos por Nadson e Neilon.
“A gente já vinha pensando em fazer o esqueleto pra chegar com tudo pronto, ter só o assessoramento de Iago [produtor musical]. Quando chegamos lá, ele fez o acompanhamento, falou o que é que tava no tom e o que é que não tava. Mas, a produção foi da gente, porque acho que só a gente consegue fazer a nossa cara”, pontua Nadson.
E Neilon acrescenta, falando sobre os aprendizados reunidos durante todo esse processo. “A gente aprendeu muito no sentido de produção mesmo, como executar determinadas visões que a gente não tinha antes. Se eu fosse resumir em uma frase tudo o que foi a incubadora, seria: ganhar experiência no ramo artístico”, afirma.
CASINHA INC. – Resultado da parceria entre Iago Guimarães (Casinha Lab), músico, produtor musical, engenheiro de mixagem e masterização, e Geraldo Júnior (Opará Produtora Cultural), produtor cultural, o projeto Casinha Inc. tem a proposta de reunir trabalhos musicais, já existentes e sem assessoramento artístico, contribuindo para a profissionalização e a visibilidade, a níveis local e nacional, no cenário cultural e musical, desses artistas. Com início em fevereiro deste ano, o projeto contou com diversos Workshops online e também a seletiva de 01 artista e 01 grupo musical, da região, que estão participando, durante os meses de março e abril, da etapa de incubação, com o assessoramento musical de Iago Guimarães e a produção executiva da Opará Produtora Cultural.
APOIO – O projeto Casinha Inc. tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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