Mercado editorial encolhe 8,8% na pandemia e livrarias físicas perdem mais espaço

26 de May / 2021 às 08h30 | Variadas

O mercado editorial no Brasil sofreu, em 2020, uma queda de 8,8% em faturamento em relação a 2019. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) como resultado da Pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, desenvolvida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen Book.

Segundo o relatório anual, em 2020, o faturando na indústria editorial somou R$ 5,2 bilhões contra R$ 5,6 bilhões do ano anterior. O resultado em um ano pandêmico deriva, não só da queda de venda de livros (-18,43%), mas também na produção de novos títulos (-20,54%). A Pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro é uma estimativa que usa dados colhidos a partir de uma amostra das editoras.

Um outro estudo (Painel do Varejo de Livros do Brasil) feito pela Nielsen BookScan e divulgado em janeiro apontou que as vendas do setor em 2020 tiveram alta de 7,6%, considerando o número de exemplares. Ainda segundo o estudo, no balanço total do ano, as vendas cresceram apenas 0,8% e faturamento foi menor se comparado a 2019.

Diferentemente da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileira apresentada nesta terça-feira, a análise da Nielsen divulgada no início do ano apura vendas em livrarias e supermercados.

A Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro apresentou um ponto de alta no relatório de 2020. Este, faz referência ao crescimento expressivo das livrarias exclusivamente virtuais.

O setor movimentou R$ 923,4 milhões em 2020, apresentado um crescimento de 84% na participação no faturamento das editoras.

"Esse retrato mostra a rapidez com a qual o varejo buscou se adaptar em meio ao cenário da pandemia, procurando continuar garantindo a distribuição dos livros aos leitores", cita Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.

Já as livrarias físicas sofreram com o impacto do fechamento das lojas como medida de restrição para o combate ao coronavírus. A participação do setor sofreu uma queda de 32% em relação a 2019.

"Apesar de ter sido um ano muito difícil para as livrarias físicas, com a retomada acreditamos nessa recuperação, pois elas são fundamentais para descoberta de novos títulos pelo leitor e para o bom desempenho do mercado como um todo", acredita Vitor Tavares, presidente da CBL.

G1

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