O sanfoneiro Sérgio do Forró, da zona rural de Juazeiro, no norte da Bahia se divide entre a vida no campo e paixão pelo forró. Aos 70 anos, Sérgio dedica mais de 40 anos à vida no campo e revela a felicidade em dividir o trabalho da enxada, com os acordes da sanfona.
"Minha paixão para ser sanfoneiro começou pelo pandeiro. Batendo bandeiro, tinha uns primos que tocavam sanfona e eu pegava a sanfona deles e ai veio essa paixão para quem, por toda vida, gostou de forró", revela Sérgio.
O sanfoneiro que cresceu na comunidade de Campos, zona rural de Juazeiro, acorda cedo para cuidar da criação de caprinos e ovinos, além das plantações de manga e maracujá. Ainda em casa, ele dá mamadeira com leite aos cabritos rejeitados pela mãe. Em seguida, vai para o terra onde mantém as criações de animais e plantações.
"Plantar um pé de manga pequenininho desse e de repente ele vai crescendo, você coloca o produto e ele vai florar, brotar manga, é muita satisfação", revela o amor pela terra.
Sérgio não esconde o gosto pelo trabalho da agricultura e pecuária, mas no tempo livre, ele dá espaço para a sanfona.
Distante dos palcos por causa da pandemia da Covid-19, Sérgio está ainda mais dedicado ao trabalho no campo. Como é do grupo de risco já tomou vacina e não ver a hora da pandemia passar para ele votar a reunir o público ao som de uma boa música. A sanfona, companheira inseparável alivia a saudades do show.
"Nosso forró é um forró raiz. Todo forrozeiro dessa região, acredito que do país inteiro, se inspirou em Gonzagão, porque foi, realmente, quem começou tudo isso. Fazer alegria para o povo é bom demais", completa. A reportagem é de Joyce Guirra e Ronaldo Silva e foi exibida na TV São Francisco e divulgada no G1 Bahia.
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