O protocolo para tratamento farmacológico do coronavírus na internação que foi encomendado pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde) a um núcleo técnico-científico criado por ele assim que assumiu o cargo contraindicará o uso em ambiente hospitalar de remédios como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, redemsivir e outros sem eficácia comprovada para a Covid-19, alguns deles com relatos de efeitos adversos.
O documento não tratará da utilização deles fora do ambiente hospitalar, já que o escopo do grupo técnico é o tratamento da Covid-19 desde a chegada no hospital até o pós-Covid.
O protocolo, elaborado por grupo encabeçado pelo médico e professor da USP Carlos Roberto de Carvalho, indicará o uso de anticoagulantes e corticoides no tratamento da Covid-19.
Queiroga, que tem falado com parlamentares sobre esse protocolo, deverá receber o material ainda nesta semana, e caberá a ele decidir de que maneira e quando ele será incorporado e distribuído pela rede nacional de saúde.
Os protocolos têm como objetivo fornecer diretrizes uniformes para o tratamento da Covid-19, potencializando as chances de cura.
A elaboração dos protocolos tem sido feita a partir de colaboração com sociedades médicas, agregando orientações já sugeridas por elas.
Dois deles já foram entregues a Queiroga e anunciados pelo ministro na sexta-feira (30), o de uso racional do oxigênio e o da intubação.
Os protocolos têm três partes: um fluxograma, que pode ser visualizado em tela de celular ou ser impresso e pendurado em paredes de hospitais e UTIs; um texto explicativo, mais detalhado, porém breve e objetivo; e um pequeno filme para ilustrar os procedimentos (como colocar as máscaras, etc.).
O grupo deve elaborar ainda mais dois ou três protocolos. Um deles, o de ventilação mecânica, também deve ser entregue até o final da semana.
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