Além da alto preço das carnes, o ovo, principal alternativa do consumidor, pode vir a faltar no mercado. O alerta, em tom de advertência, é de um dos produtores de Minas Gerais.
O estado possui o terceiro maior plantel de aves do país. Segundo dados do setor, cerca de um milhão e meio de galinhas entram em produção por mês, mas saem cerca de dois milhões e quatrocentas mil, ou seja, a cada 30 dias cerca de 800.000 poedeiras desaparecem do circuito produtivo.
De acordo com Cleber Luiz Silva, que é produtor na região de Santo Antônio do Monte, no Centro-Oeste de Minas, a soja e o milho estão voltados neste momento somente para as exportações devido à demanda global e o alto preço do dólar, o que prejudica vários segmentos.
“Foi sancionada agora a isenção de imposto para importação de milho e soja só que importar de quem? Em qual preço? Esse insumos são vendidos no dólar. Quem produz milho e soja é o Brasil. O mercado interno está muito preocupado. E a gente não está vendo margem para repassar esse custo do milho e da soja para o consumidor final.”
Segundo o produtor, a solução encontrada vai ser reduzir a produção, o que pode provocar desabastecimento no mercado brasileiro. “Ninguém consegue trabalhar com prejuízo e isso vem de muito tempo. A gente não está vendo do governo federal uma política para tentar ajudar, então com certeza, continuando como está, vai faltar ovo no mercado brasileiro. Ninguém consegue trabalhar só com prejuízos.”
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