Após aproximadamente dois meses do agravamento da situação da Covid-19 na região, a equipe da UPAE de Petrolina faz um apelo: "É preciso continuar com todos os cuidados básicos". Distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos e vacinação ainda são as principais armas contra o vírus que já matou 3,12 milhões de pessoas no mundo, sendo 339 no município, até o último boletim divulgado ontem segunda-feira (26).
A UPAE foi direcionada ao atendimento Covid em abril de 2020 e de lá para cá já atendeu muitos pacientes na atenção intermediária e na UTI. Para se ter uma ideia, na UPA 24h, em 2020, foram notificados 317 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com 169 casos confirmados para a Covid-19. Em 2021, somente nos três primeiros meses do ano, foram notificados 350 casos de SRAG, com 278 confirmações para a Covid-19. O número é apenas de pacientes que deram entrada no serviço pela urgência e emergência e precisaram de internação na Ala Covid da UPAE ou em outras unidades.
"Passamos por um período bem complicado e apesar de uma suave melhora nos últimos dias, a situação ainda é muito preocupante. Temos visto pessoas jovens, sem comorbidades, agravar em um curto espaço de tempo. De fato, os cuidados precisam ser redobrados", reflete a coordenadora geral, Grazziela Franklin.
Nesse um ano de funcionamento como referência para o atendimento aos casos positivos para a Covid-19, a UPAE tem feito a diferença e salvado muitas vidas. "Em um primeiro momento lá atrás, o nosso sentimento foi de medo. Hoje, posso dizer que somos gratos de ter a oportunidade de estar na linha de frente, ajudando a reescrever essa história e devolver esperança para as famílias", ressalta a gestora.
História essa que se torna ainda mais importante nos bastidores. "São muitas as emoções. Cada um aqui doa o que de melhor tem dentro de si para fazer a estadia dos pacientes um pouco menos difícil. Seja com um olhar, uma palavra, um gesto ou ação mesmo. Sem dúvida, tudo isso que estamos vivendo ficará na nossa memória, juntamente com a sensação de dever cumprido", acredita a supervisora do Serviço Social, Nazaré Cunha.
Cada alta é comemorada não só pelos familiares, mas pela equipe. "É uma vida que salvamos. É um pai ou uma mãe que devolvemos para os filhos. É um filho que devolvemos para os seus genitores. E essa é a nossa maior recompensa", finaliza a coordenadora médica, Bruna Spíndola.
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