"Presidente do Senado foi ingrato ao instalar CPI da Covid", diz filho de Bolsonaro

27 de Apr / 2021 às 13h45 | Política

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, acompanhou a abertura dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, na manhã desta terça-feira (2). Antes de ir para o plenário, ele disse à imprensa que considerou falta de gratidão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a instauração dos trabalhos. Pacheco teve ajuda do governo federal para chegar à presidência da Casa, mas apenas cumpriu uma decisão judicial ao instaurar a CPI.

“Eu tenho um CPF e o presidente da República tem outro. Da minha parte, eu entendo, sim, que houve uma ingratidão, uma falta de consideração por parte do presidente (Pacheco), para, pelo menos nos buscar, para que a gente possa dar o nosso ponto de vista sobre a conveniência e oportunidade de se instaurar uma CPI como esta”, afirmou Flávio.

Ainda sobre a judicialização da comissão, o filho do presidente da República disse que Pacheco deveria, então, ter obedecido a decisão judicial da 2ª Vara Federal do DF que impediria a nomeação de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator, que, no entanto, foi desfeita pelo desembargador federal Francisco de Assis Betti, presidente em exercício do TRF da 1ª Região.

Flávio Bolsonaro disse que a CPI é uma interferência do Poder Judiciário no Senado, e insistiu que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) é suspeito para relatar os trabalhos do grupo, por ser pai de Renan Filho, governador de Alagoas, e por ser opositor aberto ao governo. Insistiu, ainda, que Pacheco aceite uma questão de ordem colocada pelo líder do governo, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que pede que o trabalho da comissão só possa acontecer de forma presencial.

“O mínimo que ele poderia fazer agora é acatar a questão de ordem do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que está sendo prudente, pensando nas vidas, para que os trabalhos sejam, sim, presenciais. O virtual dá prejuízo par produção de provas, oitivas de testemunhas, acareações”, argumentou.

Correio Braziliense

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