Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes, Eduardo Leite, Amoedo, Doria, Mandetta e Huck.
Mesmo que se queira diversificar os pensamentos e focar a reflexão sobre outros temas, é uma tarefa por demais difícil para qualquer cidadão, ou uma ilusória pretensão de fugir do natural envolvimento emotivo diante de uma tragédia que está a consumir milhares de vidas em nosso país. Oxalá uma outra que se desenha a todo instante no campo político-institucional, não venha realmente a acontecer... O povo não merece uma tragédia atrás da outra!
Nada mais deprimente e desconfortável do que o primeiro lugar que estamos ocupando no ranking do número de mortes/dia no Mundo, sempre acima de 3.000 vidas! Tenho notado que é muito grande o número daqueles que não acreditam nas estatísticas, alegando que muitos dos diagnósticos de morte por COVID-19 são falsos e visam usurpar verbas públicas por cada vítima.
Essa versão até pode ser pertinente, dado o mau caráter dominante na grande maioria das pessoas, com particularidade em certos governantes e dirigentes, e que os criadores do Fakes News do mal se encarregam de dar amplitude.
Ora, diante do quadro de gravidade do vírus não só no Brasil, mas no Mundo, parece-me que buscam razões de vários matizes para embasar as suas verdades, obviamente com perceptível tendência política. No pressuposto de que possa ter algum sentido essa acusação, diria que mesmo se descontando um certo percentual do total de vidas perdidas, por conta dos excessos de mortes divulgadas, ainda assim o Brasil permaneceria como 1º. colocado no mundo em número de mortes/dia...! É razoável, então, essa insistência em negar uma realidade tão perversa? Até mesmo a autoridade maior do País ao minimizar, sempre, o número de mortes da crise, não percebe a perversidade que comete com o sentimento dos familiares que choram.
Um detalhe que talvez ofusque a expressividade dos danos causados pela Pandemia, e até induz as pessoas ao esquecimento por tanto sofrimento, é a estupidez do comportamento de certos políticos, que falam inutilidades, vomitam a sua ira em linguajar chulo e exageram nos conflitos entre os Poderes da República. Essa atitude constrói um quadro artificial e enganador, quando deveriam estar coesos e solidários com as dores da sociedade brasileira.
Outro artifício que objetiva desviar as atenções desse cruel e brutal cenário, tem origem naqueles personagens que procuram disfarçar o real interesse em se candidatarem à Presidência da República em 2022 e, inversamente, plantam frases vagas na pretensão de desviar a curiosidade dos eleitores. Vejamos o que dizem alguns: a) Bolsonaro: “Estou me “lixando” para as eleições de 2022”; b) Lula: “Eu seria pequeno se tivesse pensando em 2022 neste instante”; c) Ciro Gomes, sobre o seu temperamento agressivo: “Claro que tenho que ouvir essas críticas... Vou fazer o quê? Bancar o lord inglês?”; d) Dória: “Em 2022, pra derrotar o Bolsonaro, eu sento até com o Lula”. Há outros pretendentes (vide a foto, e fora dela), mas que, imagino, não conseguirão a visibilidade necessária para competir.
Não obstante todos os percalços sob análise, diria que, assim como o Bolsa Família foi o grande trunfo eleitoral da Esquerda – ou do PT -, por um bom tempo no País, agora a bola da vez será o Auxílio Emergencial que sustentará o Bolsonaro vivo até a possível reeleição em 2022. Recursos Orçamentários? Não será problema, porque o Guedes sempre encontrará a fonte de onde remanejar, ainda que seja da Saúde, da Educação, ou da vacina!
Por mais que se trabalhe sobre variadas conjecturas em relação ao próximo pleito, o que se torna mais evidente é que entre a Esquerda, o Centro e a Direita, o eleitorado está sem opção alternativa de algum nome palatável e confiável e, assim, na encruzilhada final um grande conflito perturbará o processo de escolha do eleitor, colocando-o ENTRE A CRUZ E A ESPADA. O que, também, significa dizer: “Se ficar o bicho pega; se correr o bicho come”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – de Salvador – BA.
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