A executiva nacional do Cidadania decidiu convidar o senador Jorge Kajuru (GO) a se retirar do partido. Caso não aceite, será aberto um processo de expulsão contra ele. A medida foi tomada após o vazamento de conversas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a CPI da Covid.
O partido considerou que Kajuru agiu como alguém "subserviente" ao presidente na conversa dos dois no último sábado (10), quando Bolsonaro o orientou a operar para direcionar os trabalhos da CPI de forma que não o prejudicasse.
Em entrevista à CNN por telefone, o presidente da legenda, Roberto Freire, disse que a conversa vazada foi apenas a "gota d'água". "Há uma clara incompatibilidade do Cidadania com as posições que ele vem assumindo", disse Freire.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo partido:
"O Cidadania reafirma a defesa intransigente da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia conforme requerimento que tem como primeiro signatário Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e que foi subscrito pela bancada do partido no Senado. O fato determinado dessa CPI são as ações e omissões do Governo Federal na pandemia, em especial no agravamento do quadro no Amazonas, em que a falta de oxigênio levou a mortes por asfixia.
Foi essa CPI, com esse objeto, que o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar tomada em Mandado de Segurança impetrado pelo Cidadania, mandou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instalar. O ministro Luís Roberto Barroso seguiu jurisprudência já estabelecida na Corte, garantindo um direito constitucional da oposição no Congresso Nacional.
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