A primeira reunião do comitê formado por governo e Congresso, na semana passada, para discutir ações contra a pandemia de Covid-19 foi realizada nesta quarta-feira (31) e já mostrou divergências de posicionamento entre as partes que compoem o grupo.
Após a reunião o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente do Senado, Pacheco, sugeriram cuidados para contenção da doença, incluindo pedidos por distanciamento social para conter a ploriferação.
O presidente do senado citou o feriado de Páscoa, neste fim de semana, e recomendou que as pessoas não devem se envolver em aglomerações, sugerindo que a comunicação oficial do governo fizesse a recomendação: "É muito importante a comunicação, que haja um alinhamento da comunicação social do governo, da assessoria de imprensa da Presidência da República, no sentido de haver uma uniformização do discurso, de que é necessário se vacinar, usar máscara, higienizar as mãos, necessário o distanciamento social de modo a prevenirmos o aumento da doença no nosso país”, disse, relatando que a sugestão foi também defendida por Queiroga: “Uma sugestão muito rica do senhor ministro da Saúde, de aproveitar o ensejo da Semana Santa, que é um feriado que tende a estimular a aglomeração, que possa o povo brasileiro ter a consciência de que precisa fazer o distanciamento social mesmo no feriado”, informou.
O Ministro da Saúde foi no mesmo tom e referendou a necessidade de cuidados, que incluiam o distanciemanto social: "Agradecer a citação do Pacheco em relação ao feriado. No feriado não pode haver aglomerações desnecessárias. É importante usar máscara, manter o isolamento. É importante fazer isso. Medidas extremas não são desejadas. Então vamos fazer isso", orientou.
O último a falar foi o Presidente Jair Bolsonaro, que contrariou as orientaçãoes de Rodrigo Pacheco e Marcelo Queiroga: "Não é ficando em casa que nós vamos solucionar esse problema. Essa política [distanciamento social] ainda está sendo adotada, mas o espírito dela era se preparar com leitos de UTI, respiradores, para que pessoas não viessem a perder as suas vidas por falta de atendimento", disse o presidente.
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