Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos mostra situação dramática dos trabalhadores da cultura

A cultura foi um dos setores mais afetados pela pandemia. Com o cancelamento de eventos, peças teatrais, shows e o fechamento de museus, trabalhadores fixos e temporários do setor ficaram sem alternativas. De acordo com a Firjan, essa área representa cerca de 2,61% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

A presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de Pernambuco (SATED-PE), Ivonete Melo, usou os meios de comunicação essa semaana pra fazer um apelo dramático: "Vamos ajudar nossos irmãos, muitos estão passando fome. Quem puder ajude a arrecadar doações para profissionais das artes cênicas que estão em situação de vulnerabilidade devido à pandemia", desabafou Ivonete.

Com a suspensão de eventos e o fechamento de espaços culturais, artistas de diversos segmentos ficaram sem trabalho e sem remuneração. "Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar", diz Ivonete Melo, apontado que devem ser mais de 400 artistas de circo, dança, moda e técnicos em todo o estado de Pernambuco que passam necessidades ´basicas. 

Ivonete relatou a luta dos artistas e técnicos em espetáculos. "A luta vem de uma história longa e árdua e só na década de 70, do século passado, precisamente em 1978 é que foi promulgada a Lei dos Artistas e, que surge um novo desafio a cada dia, principalmente agora no enfrentamento da pandemia que tem provocado a maior crise política e sanitária que o nosso país enfrenta nestes últimos anos".

Ivonete Melo revela que ela, junto com a sua diretoria desde o anúncio da quarentena provocada pelo Codiv19, vem desenvolvendo ações que minimizem a tristeza que invade as casas: "os artistas foram os primeiros a deixarem vazios os seus palcos e picadeiros e, provavelmente, serão os últimos a retornar a labuta".

Contato para quem puder contribuir com doações é [email protected]