A Marinha do Brasil (MB) apoiou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na ação de eclusagem, com passagem de embarcações, que marcou a retomada das atividades da Eclusa de Sobradinho, no Rio São Francisco, inoperante desde 2019.
Na operação, realizada no dia (25), foram empregadas duas embarcações da Capitania Fluvial de Juazeiro (CFJ), além do Vapor do São Francisco, que é voltado ao turismo náutico na região.
Na qualidade de Autoridade Marítima Brasileira, a MB converge esforços em ações que fomentem o desenvolvimento do setor hidroviário. As eclusas revestem-se de importância fundamental para o setor, uma vez que possibilitam a manutenção da passagem de embarcações nas hidrovias com desníveis, utilizando comportas que separam os diferentes níveis do curso d’água.
Assim, a operacionalização das eclusas tem sido um pleito constante da Autoridade Marítima Brasileira para possibilitar que as hidrovias assumam um maior papel na matriz de transportes do país, haja vista a ainda baixa utilização do modal hidroviário brasileiro.
A aposta no desenvolvimento do setor considera que as hidrovias são um fator de integração nacional, pelo viés econômico, social e político, que fomentam o bem-estar das populações da área em que estão presentes. O transporte hidroviário possui grande capacidade de movimentação de carga, baixo custo da tonelada transportada e reduzidas emissões de poluentes, o que o torna um modal muito adequado à movimentação de grandes volumes de mercadorias de baixo valor agregado (commodities) por grandes distâncias.
O Brasil não possui hidrovias, apenas rios naturalmente navegáveis, sendo que utiliza apenas um terço da sua ampla rede hidrográfica, composta por 63.000 quilômetros de rios com potencial para navegação, segundo a Confederação Nacional dos Transportes.
A construção da Eclusa de Sobradinho data de junho de 1973 e foi finalizada em novembro de 1979. A obra permitiu que as embarcações superem os 32,5 metros de desnível criado pela barragem da Represa de Sobradinho. Com isso, restabeleceu a navegação do Rio São Francisco, no trecho de 1.371 km entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). A Eclusa possui uma câmara de 120 m de comprimento e 17m de largura, com volume de eclusagem de 72.000 metros cúbicos
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