O governo de Pernambuco anunciou a prorrogação de medidas restritivas em todo o estado, diante do momento considerado o mais grave desde o início da pandemia da Covid-19. No encontro, além do destaque para a grave aceleração do número de casos e a consequente ocupação dos leitos, não foi descartada a possibilidade de um colapso também no quadro de profissionais de saúde e de insumos para o atendimento aos pacientes.
Conforme a análise da Secretaria Estadual de Saúde, um ano após o início da pandemia, os trabalhadores da linha de frente se mostram cada vez mais sobrecarregados. O prolongamento da crise sanitária sinalizaria um risco direto da mão de obra especializada.
“Aumentando o número de casos pode sim ocorrer um colapso por falta de profissionais, sendo uma grande preocupação nossa. Para os leitos de UTI, por exemplo, que é um trabalho mais especializado, a atividade não requer apenas médicos, mas fisioterapeutas e técnicos de enfermagem”, destacou o infectologista Demetrius Montenegro, presente no encontro.
O profissional fez um alerta no tocante também a carência de insumos, uma grave realidade que vem percorrendo o país e já chega a Pernambuco.
“As medicações que são utilizadas para manter uma pessoa na ventilação mecânica começam a faltar. Todos os hospitais estão em uma corrida imensa com os fornecedores para a compra e aquisição destes produtos, que estão escassos. Existe uma concorrência grande para a aquisição entre estados e municípios na busca de medicações que são fundamentais”, ressaltou Montenegro, que continuou: “Caso os números não diminuam e não se consiga mais materiais, essas vítimas da Covid-19 terão que ficar entubadas sem estarem sedadas, levando a um sofrimento muito grande, inviabilizando completamente a recuperação”, explicou.
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