Até o final do primeiro semestre deste ano, o sistema produtivo da caprinocultura, do Território de Identidade Sertão do São Francisco, vai receber do Governo do Estado mais um fomento. Trata-se da inauguração de um laticínio que está sendo construído na comunidade de Testa Branca, no município de Uauá.
O empreendimento vai beneficiar diretamente 200 criadores de cabra de leite entre membros da comunidade e de localidades circunvizinhas. Com um investimento de pouco mais de R$ 1, 4 milhão, o laticínio está previsto para ser entregue em meados de junho.
O objetivo é melhorar a produção de leite de cabra de Uauá e proporcionar o aumento da renda e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida dos criadores de cabra leiteira da região.
A iniciativa é do Governo do Estado, por meio do Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
O laticínio para o processamento de leite de cabra é um novo negócio na região e vai possibilitar a produção de queijos e iogurte, sendo o queijo saborizado com ervas da Caatinga, um dos seus carros-chefe. Para garantir que a produção de leite atenda à demanda de processamento do espaço, está sendo ofertada assistência técnica direcionada ao grupo de produtores e outras iniciativas para viabilizar a produção, como explica o técnico em agroindústria do Pró-Semiárido, Egnaldo Xavier.
"Eles estão sendo assessorados por um veterinário, juntamente com a equipe de Ater da Coopercuc, que faz todo o acompanhamento para o manejo reprodutivo, alimentar e sanitário do rebanho. A gente está fazendo algumas melhorias nas estruturas de produção, melhorando as condições de produção de forragens e orientação para manejo adequado para extração de leite", afirma Egnaldo. Além da Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), o laticínio conta com o apoio direto da Associação de Testa Branca (ACATEB).
Egnaldo fala ainda sobre a expectativa de produção diária para beneficiamento no laticínio após a entrega da obra: "A expectativa é que a gente tenha uma base produtiva estruturada, já produzindo, para que, quando o laticínio estiver pronto, já ter matéria-prima suficiente. Nossa meta é que a gente chegue a uma produção de 700 a 800 litros por dia. Por isso, a gente está fazendo todo este acompanhamento para que, paralelo à construção, a base produtiva esteja organizada".
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