Em meio às críticas por conta do vácuo de liderança no Ministério da Saúde e da falta de planos eficazes no enfrentamento à covid-19, o presidente Jair Bolsonaro deu posse ao cardiologista Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde. O evento de repasse do cargo ocorreu em evento fechado nesta terça-feira (23) e não constava na agenda oficial do chefe do Executivo. A nomeação deverá sair em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Inicialmente, a expectativa era de que Queiroga tomasse posse na quinta-feira (25), mas o prazo foi adiantado para que ele possa participar junto com o mandatário da reunião que ocorrerá nesta quarta (24).
Bolsonaro ligou para autoridades no intuito de criar um plano nacional de enfrentamento à pandemia e convidou autoridades dos Três Poderes para montar uma força-tarefa e, assim, evitar a abertura de uma CPI para investigar as ações do governo federal no combate ao coronavírus.
A intenção é montar um comitê de crise com o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para dar uma resposta ao avanço da doença no país.
Queiroga é o quarto ministro a assumir o comando da pasta em meio à pandemia. Antes dele, passaram pelo ministério da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e o general Eduardo Pazuello, que deve assumir o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Em meio às trocas, o Brasil acumula 295.425 mortes por covid-19.
Currículo: Nascido em João Pessoa, Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Concluiu a residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista. Ele era sócio-administrativo de uma clínica e precisou abdicar da liderança para assumir o cargo.
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