Diplomatas brasileiros em embaixadas e consulados no exterior receberam mensagem do Itamaraty pedindo para que tentem obter fornecimento, "com máxima urgência", de uma série de medicamentos do chamado "kit intubação".
Hospitais e associações médicas alertaram o governo para a queda no estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs, que pode durar apenas mais 15 dias no Brasil.
Esses medicamentos são essenciais para inserir o tubo e manter a ventilação mecânica dos pacientes graves -sem isso, morrem sufocados.
Na mensagem enviada aos postos no exterior, o Itamaraty afirma que a Anvisa enviou consulta a seus contrapartes em alguns países, mas não obteve resposta. O órgão pede para que os diplomatas pesquisem "a possibilidade de fornecimento dos insumos".
Entre os remédios citados, estão o besilato de atracúrio, midazolam, propofol e fentanila. Muitos deles têm venda estritamente controlada, o que complica a importação.
Com a alta na demanda, o preço dos medicamentos usados para intubação explodiu.
Segundo informações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, uma ampola de neurobloqueador, que paralisa a musculatura para o corpo "aceitar" o tubo, custava cerca de R$ 2 antes da pandemia. No ano passado, subiu para R$ 17, e, agora, chega a R$ 200 a ampola.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.